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'A forma como vemos mulheres mudou muito', diz atriz de Tomb Raider

Sueca ganhadora do Oscar em 2016 fala ao G1 sobre nova adaptação de franquia de games, que estreia nesta semana, e sobre igualdade de gêneros em Hollywood.

12/03/2018 13:52

A missão da atriz sueca Alicia Vikander no novo “Tomb Raider”, que estreia no Brasil nesta quinta-feira (15), não é das mais fáceis.

Além de superar a "maldição" que impossibilita boas adaptações de um game para o cinema, ela ainda tem de substituir Angelina Jolie no papel. Isso e ainda enfrentar os críticos que não a consideram uma escolha apropriada para viver Lara Croft.

A nova versão não agradou a todos. Uma pequena mas estridente parcela dos fãs masculinos reclamou muito. O argumento: a nova Lara, uma personagem criada para games, não era tão curvilínea quanto antes.

Com isso, a escolha da ganhadora do Oscar por “A garota dinamarquesa” (2015) foi criticada pelo mesmo motivo, mas ela não se abala.

“A sociedade e a forma como vemos mulheres e personagens mudou muito”, diz a atriz de 29 anos ao G1. “Eu acho que, se você encontrar qualquer jovem, homem ou mulher, na rua, e discutir o que acha atraente, ou o que quer ver no cinema, é diferente.”

Alicia Vikander em cena de 'Tomb Raider' (Foto: Divulgação)

Criada em 1996, a aventureira e caçadora de artefatos Lara Croft é uma das mais queridas dos games. A personagem passou por mudanças nesses 22 anos, em mais de 15 jogos e dois filmes. Mas a maior delas veio no game de 2013, responsável por renovar a franquia e sua protagonista.

A Lara apresentada nele é jovem e inexperiente, e dá ao jogador a oportunidade de acompanhar o seu desenvolvimento até a heroína tão conhecida. Muito bem recebido pela crítica, o jogo serve de inspiração para a nova adaptação ao cinema.

Para Alicia, a transformação afeta a maneira como o público percebe clássicos do passado.

“Eu vi nas últimas semanas alguns dos meus filmes preferidos, alguns dos filmes mais aclamados e conhecidos dos anos 1990, e fiquei: ‘Oh, meu Deus. Você não pode fazer ou falar essas coisas’”, conta Vikander.

“Isso mostra, graças a Deus, a mudança na sociedade e na cultura que tivemos.” Por isso ela espera que, ao trazer Lara Croft ao mundo atual, consiga agradar “tanto fãs quanto pessoas que não a conhecem em 2018”.

Longo caminho

As discussões sobre igualdade de gênero podem ter se intensificado nos últimos meses em Hollywood, mas ainda há muito o que mudar, segundo a atriz.

O próprio “Tomb Raider” é um bom exemplo disso. Apesar de ter uma mulher – Geneva Robertson-Dworet – em sua dupla de roteiristas, o filme ainda tem apenas homens na direção e na produção.

“Ainda há um longo caminho a percorrer, mas estou feliz ao ver que há mudanças e alguns filmes muito legais nos últimos anos, como ‘Jogos Vorazes’ (2012), ‘A Série Divergente: Insurgente’ (2015), ou ‘Mulher-Maravilha’ (2017).”

Alicia Vikander em cena de 'Tomb Raider' (Foto: Divulgação)

Amor por aventura

Vikander já mostrou que não é contra filmes de ação em “O agente da U.N.C.L.E.” (2015), ou avessa a grandes franquias em “Jason Bourne” (2016), mas “Tomb Raider” é seu primeiro papel como protagonista em um blockbuster.

No filme de estreia do diretor norueguês Roar Uthaug em Hollywood, Lara vai contra a vontade de seu pai desaparecido (Dominic West). Ela segue pistas deixadas por ele para explorar uma ilha remota, último local em que o milionário foi visto.

E é exatamente a aventura que a atraiu no projeto:

“Eu amava filmes de aventura, como ‘Indiana Jones’ e ‘A múmia’. Gastei a maior parte do meu dinheiro para ir ao cinema quando era criança”, conta a atriz.

“Então, chegar a esse ponto em que você recebe essa pergunta, se quer fazer parte disso, é realmente excitante.”

Fonte: G1
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