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O sangue está nas nossas mãos

Leia a coluna Roda Viva desta segunda-feira.

25/11/2018 18:13

O sangue está nas nossas mãos

O assassinato do jovem estudante de medicina Antônio Rayron Soares de Holanda num terminal de ônibus na Avenida Miguel Rosa, na manhã deste domingo (25), deixou a população piauense mais uma vez assustada e revoltada com o crescente índice de criminalidade no estado, reflexo de um fenômeno que se repete em todo o país. O fato de o crime ter sido cometido por um adolescente, que já tinha passagens pela Polícia, aparentemente reforça a tese defendida por parte da direita, segundo a qual a redução da maioridade penal pode ser o caminho para, ao menos, reduzir um pouco a violência que tantas vidas ceifadas todos os dias no Brasil. Mas a realidade é que o assassinato do universitário expõe um cenário tenebroso e muito mais profundo, que, infelizmente, não é compreendido por boa parte da população. Muitos acreditam que o problema poderia ser solucionado apenas reduzindo a maioridade penal para 16, 14 ou - por que não? - 12 anos. Pura ilusão, como mostram as estatísticas de dezenas de outros países onde menores de 18 já podem responder criminalmente. A forma mais eficaz para combater a violência em um país é realizar investimentos maciços e efetivos na educação das crianças e dos jovens. Oferecer a eles oportunidades de lazer, como a prática esportiva, e as condições para ter uma vida digna - moradia, saneamento básico, boa alimentação e acesso a bons serviços de saúde, dentre outros direitos que faltam a tantos brasileiros. Além, claro, de proteger esses jovens e adolescentes do assédio de adultos que já estão inseridos na criminalidade. À exceção dos psicopatas, ninguém nasce com ímpeto para matar, roubar, estuprar e cometer outras barbaridades que observamos diariamente nos noticiários. O assassino de Rayron Soares deve, sim, ser exemplarmente punido pelo crime covarde e cruel que cometeu. Mas agora é tarde. A vida de um jovem estudante de família humilde já foi perdida. E isso poderia ter sido evitado, se o país oferecesse ao sue povo as condições necessárias para formação de cidadãos honestos e que valorizam a vida. Esse caminho, porém, parece não interessar aos políticos. É muito mais prático - e barato - enganar o povo com a defesa da redução da maioridade penal e com o velho discurso de que "bandido bom é bandido morto". Os nossos políticos, e a sociedade como um todo, por ser complacente, também estão com as mãos encharcadas com o sangue de Rayron.

Servidores da Controladoria-Geral do Estado do Piauí (CGE/PI) participaram ao longo desta semana(19 a 23 de novembro) de capacitação na metodologia que será utilizada no Observatório da Despesa Pública no Piauí, a ODP Estadual. O curso aconteceu no Instituto Serzedello Corrêa – ISC, em Brasília (DF). O Observatório de Despesa Pública é uma iniciativa do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), com o objetivo de disseminar as boas práticas na área de análise de dados aplicada a temas governamentais. O Observatório vai proporcionar à administração pública acesso a informações analíticas consolidadas sobre a qualidade do gasto público - portanto, estratégicas, por meio de indicadores, com o objetivo de subsidiar os gestores na tomada de decisões.

Parceria sustentável 

O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, Igor Neri, reuniu-se com os sócios da EcoPellets Brasil Ltda, Jurandi Vieira e Mario Josino, para assinatura do termo de compromisso de cooperação para instalação de uma filial da empresa no polo industrial de Parnaíba.

Parceria sustentável II

O Estado do Piauí, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (Sedet), autorizou a instalação e a efetivação de posse e domínio útil, e o início das obras complementares. Também validou as obras já existentes e o início das atividades no polo  de Parnaíba.

Parceria sustentável III

A Ecopellets deve concluir as obras em conformidade com o plano de investimento apresentado no processo de aquisição de terras, no prazo máximo de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período, mediante solicitação justificada. A empresa produz os chamados pellets, um combustível orgânico de forma cilíndrica, produzido através de biomassa densificada, proveniente de serrim e resíduos de madeira. Com um poder calorífico superior a 17 MJ/ kg, o equivalente a 5 kWh / kg, os pellets de madeira têm teores de humidade e cinzas abaixo de 10% e 0,5%, respectivamente, características que permitem uma combustão eficiente, de alto valor energético e praticamente limpa.

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