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Não Vale nada!

Leia a coluna Roda Viva desta quinta-feira.

07/02/2019 08:28

Não Vale nada!

Em reunião realizada nesta quarta-feira, a mineradora Vale se recusou a assinar o Termo de Ajuste Preliminar (TAP) que previa a adoção de medidas emergenciais e reparadoras para atender as centenas de famílias atingidas pelo rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). Segundo o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, a empresa pediu um prazo para avaliar as propostas, e uma nova reunião deve ocorrer na próxima semana. A recusa da mineradora em assinar de pronto o documento mostra que a Vale e seus executivos não têm qualquer preocupação com os danos irreparáveis que causou ao meio ambiente e a todas as pessoas que perderam um ou vários familiares, isso sem contar a imensa quantidade de animais mortos. Como ocorreu após a tragédia em Mariana, novamente a empresa está aguardando apenas os holofotes deixarem de ser apontados em direção a Brumadinho, para, então, virar as costas para a cidade e para toda a população afetada pela criminosa catástrofe. É imprescindível que a imprensa, o Ministério Público, a Justiça, os órgãos públicos e as ONGs que atuam na defesa do meio ambiente sigam cobrando da mineradora todas as medidas necessárias para garantir o renascimento de Brumadinho. 

A Prefeitura do município de Dom Inocêncio, no sertão do Piauí, tem colocado seus profissionais da saúde em situação de risco. Recentemente, uma equipe composta por um médico, um dentista, uma enfermeira e um agente de saúde teve que atravessar a represa da barragem Jenipapo numa canoa, sem nenhum colete salva-vidas para o caso de alguma emergência. Os profissionais foram deslocados para fazerem atendimentos domiciliares numa comunidade que fica do outro lado da represa. Ao todo, eram cinco pessoas na canoa. É louvável a boa intenção da prefeitura em prestar atendimento domiciliar a idosos, deficientes e acamados, mas a negligência com a vida dos profissionais é inadmissível. 

CPI das Barragens

O senador Marcelo Castro (MDB) já assinou a lista necessária para criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai apurar o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) e investigar a situação de outras dezenas de barragens pelo país que representam risco à vida de milhares de pessoas. O objetivo da CPI é verificar as causas da tragédia em Minas e apontar quem foram os responsáveis pelas omissões que levaram à ruptura. 

CPI das Barragens II

“É inaceitável, injustificável, porque todos estavam ou tinham obrigação de estar em alerta após o caso em Mariana. Devemos verificar onde está a culpa, porque houve uma falha gritante. Estamos falando de dano humano, de vidas que foram destruídas, das famílias que foram dilaceradas, e não podemos brincar com isso. Precisamos de respeito ao meio ambiente e, sobretudo, respeito às pessoas”, afirma Castro.

Sem pressão

O deputado estadual Henrique Pires garante que - em todas as reuniões das quais tem participado, entre a bancada do MDB e o governador Wellington Dias (PT) - seu partido tem deixado o petista muito à vontade em relação à formação da sua equipe para este novo governo.  "Todos temos consciência do esforço que tem de ser feito", afirma Pires. 

Aulão de ética

O advogado criminalista Paulo Machado comandará um aulão de ética no próximo dia 9 de fevereiro, em Teresina. Pós-graduado em advocacia criminal, ele é mestre em direito, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), da Universidade Cândido Mendes (Ucam), do Centro Universitário Universus Veritas (Univeritas) e do Complexo de Ensino Renato Saraiva (Cers). É autor de livros jurídicos, examinador de bancas de concursos públicos e membro da Sociedade dos Advogados Criminalistas do Estado do Rio de  Janeiro. O evento, que é organizado pela ex-promotora de Justiça e advogada Vera Lúcia, acontece das 8 às 13 horas, no Cine Teatro da Assembleia Legislativa.

O deputado federal Flávio Nogueira (PDT) foi eleito vice-presidente da Frente Parlamentar das Santas Casas, na Câmara dos Deputados. "Esta é uma das causas que sempre defendi. No Piauí, por 20 anos, fui diretor clínico do Hospital São Marcos. Ajudei a instituição a se tornar referência regional no diagnóstico e tratamento do câncer. Na reunião, debatemos as dificuldades financeiras dos hospitais filantrópicos do Brasil, que atualmente estão com déficit de R$ 21 bilhões", afirma Nogueira.

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