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Haddad e Bolsonaro, os rejeitados

Leia a coluna Roda Viva desta quarta-feira.

10/10/2018 09:18

Haddad e Bolsonaro, os rejeitados

A campanha de segundo turno da disputa pela Presidência da República mal começou e alguns partidos já deixaram claro que não pretendem anunciar apoio de forma explícita a nenhum dos dois nomes que estão na disputa, mesmo que algumas das siglas já tenha confirmado adesão a um dos candidatos ou se manifestado contrariamente a um deles. Ainda na campanha do primeiro turno, as pesquisas já apontavam que Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) eram, de longe, os mais rejeitados - ultrapassando os 40% nesse quesito. Agora, fica claro que está difícil mesmo para os partidos políticos assumirem um dos lados, o que, inevitavelmente, deve provocar uma reprovação das siglas por parcela significativa da sociedade, independente do nome apoiado. Nesta terça-feira, o partido Novo, de João Amoêdo, anunciou que não apoiará Bolsonaro, mas se posicionou "absolutamente contrário ao PT". Já o PP, do senador Ciro Nogueira, declarou neutralidade nesta segunda etapa das eleições, liberando seus membros para apoiarem qualquer um dos candidatos. Em nota, assinada pelo parlamentar piauiense, o PP exalta o compromisso com a manutenção da democracia e da liberdade de pensamento e de expressão. Outro que decidiu lavar as mãos foi o PSDB, que até as eleições passadas era o principal opositor do PT na disputa pelo Palácio do Planalto. O PTB, do ex-deputado Roberto Jefferson, confirmou apoio a Bolsonaro. Enquanto o PSB confirmou que seguirá com Haddad. Já Rede, de Marina Silva, não deve manifestar apoio a nenhum dos candidatos, mas a ex-ministra do Meio Ambiente já anunciou que, independente de quem vencer, sua sigla fará uma oposição consciente a partir de 2019. Falta, dentre outros partidos, o PDT de Ciro Gomes tomar uma posição. O mais provável é que os pedetistas se alinhem à campanha de Haddad, e este apoio pode ser decisivo para definir os rumos do segundo turno.

O presidente do PDT no Piauí, Flávio Nogueira, comemorou a vitória nas urnas ostentando a quarta maior votação entre os candidatos à Câmara Federal. Uma vitória que deixou de ser comemorada em 2014, quando, mesmo tendo ficado como o oitavo mais votado, não conseguiu se eleger devido à coligação. Nogueira recebeu mais de 111 mil votos, quase 30 mil votos a mais do que obteve em 2014. 

Curva ascendente

O deputado estadual Flávio Nogueira Júnior (PDT) conseguiu se reeleger para o terceiro mandato na Assembleia Legislativa do Piauí, e demonstrou que vem capitalizando apoios políticos importantes, os quais possibilitaram um crescimento vertiginoso em cada campanha. Em 2010, quando foi eleito o parlamentar mais jovem da Assembleia, ele obteve quase 33 mil votos. Em 2014, quando conseguiu a primeira reeleição, teve mais de 39 mil votos. E agora, consagrou-se nas urnas com mais de 47 mil votos - o sexto mais bem votado na Alepi. Uma curva ascendente importante para o jovem pedetista.

Bolsonaro e Paulo Freire

Em entrevista à Rádio Jovem Pan, na tarde desta terça-feira (9), o candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, afirmou que busca um nome que tenha autoridade para comandar o Ministério da Educação. "Estou procurando alguém para ser ministro da Educação que tenha autoridade. Que expulse a filosofia de Paulo Freire. Que mude os currículos escolares", disse o presidenciável. E foi além: "para aprender química, matemática, português, e não sexo". 

Bolsonaro e Paulo Freire 2

Paulo Freire foi um educador, pedagogo e filósofo brasileiro, considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. Foi o brasileiro mais homenageado da história: ganhou 29 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades da Europa e América; e recebeu diversos galardões, como o prêmio da Unesco de Educação para a Paz em 1986. No dia 13 de abril de 2012 foi sancionada a Lei 12.612, que declara Paulo Freire o Patrono da Educação Brasileira.

O vereador Luiz Lobão foi pé quente nestas eleições. Em Teresina, o vereador coordenou a campanha de Marcelo Castro, que foi o senador mais bem votado na capital. Luiz Lobão também apoiou nestas eleições o governador Wellington Dias, reeleito, o deputado federal Júlio César, o senador Ciro Nogueira e a deputada estadual Lucy. O vereador emedebista ressalta que a coalizão de vereadores de Teresina que decidiram apoiar a candidatura de Marcelo Castro (MDB) teve um papel decisivo para sua vitória. “A Câmara Municipal foi fundamental no apoio ao senador Marcelo Castro. Coordenei a campanha em Teresina e fiz um trabalho com o apoio dos vereadores de Teresina, e o nosso candidato foi o mais bem votado aqui. Isso quer dizer que esse senador terá um compromisso especial com a nossa cidade, compromisso em trazer verbas para melhorar a vida dos piauienses e teresinenses", afirma Lobão.

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