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A pressa de Tasso

Leia a coluna Roda Viva desta sexta-feira.

09/08/2019 09:05

A pressa de Tasso

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da reforma da Previdência no Senado, defendeu que seus colegas aprovem integralmente o texto encaminhado pela Câmara Federal, sem qualquer alteração. O parlamentar ressalta que uma eventual mudança na Proposta de Emenda à Constituição faria com que a matéria tivesse que retornar para a Câmara, para ser novamente analisada, o que Tasso deseja evitar. "Há uma ideia que me parece também ser consenso aqui: o Brasil não suportaria que esse projeto voltasse para a Câmara, e, na Câmara, fosse aberta uma outra comissão especial, o que levaria a outra discussão no plenário, o que faria retornar o projeto para cá e levar essa reforma para o ano que vem.[...] O nosso país não suportará que uma questão como essa se prolongue tanto tempo”, argumentou Jereissati. É até compreensível a pressa do parlamentar cearense em aprovar uma reforma que, dentre outras medidas, permite o pagamento de pensão por morte inferior a um salário mínimo. Nascido numa das famílias mais ricas do Ceará, Jereissati tem um patrimônio pessoal avaliado em cerca de R$ 400 milhões, conforme os dados fornecidos pelo próprio senador à Justiça Eleitoral. Dono de uma holding que administra negócios em vários setores, Tasso está, obviamente, mais preocupado em defender os interesses das elites detentoras dos meios de produção. Pouco importa para o senador, por exemplo, se agora o Benefício de Prestação Continuada (BPC) será pago apenas para idosos ou pessoas com deficiência cuja família tenha renda mensal per capita inferior a ¼ do salário mínimo. Não preocupa o parlamentar o fato de que a PEC restringe o pagamento do abono PIS/Pasep apenas para quem recebe até R$ 1.364,43  (pela regra atual têm direito todos os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos). E, da mesma forma, não interessa ao senador se a proposta aumenta o tempo de contribuição exigido dos trabalhadores sujeitos a agentes nocivos, que, inclusive, tendem a reduzir a expectativa de vida dessas pessoas. Tasso tem pressa. O chicote não pode esperar.


Foto: Pedro França / Agência Senado

O deputado estadual Júlio Arcoverde (Progressistas) quer conceder o título de cidadão piauiense ao advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Natural de Minas Gerais, o advogado é conhecido por atuar na defesa de diversos envolvidos na operação Lava Jato, entre eles o senador piauiense Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas. Na justificativa da proposição, o deputado estadual aponta que Kakay prestou “relevantes serviços de interesse público ao Estado do Piauí”, mas sem apontar quais foram. 

Articulação

O ex-senador João Vicente Claudino, presidente do diretório estadual do PTB, vai dar início a uma série de reuniões mensais com os pré-candidatos a vereador da sigla. Os encontros ocorrerão sempre no dia 14 de cada mês, uma referência ao número do partido. O objetivo do grupo de JVC é conquistar pelo menos três cadeiras na Câmara Municipal de Teresina nas eleições do próximo ano. 

Previdência

O texto da Reforma da Previdência, aprovado em dois turnos pela Câmara dos Deputados, chegou ao Senado nessa quinta-feira (8). A proposta deve contar com o voto favorável dos três senadores do Piauí: Ciro Nogueira (Progressistas), Elmano Ferrer (Podemos) e Marcelo Castro (MDB).

Bancários

O Sindicato dos Bancários do Piauí realiza nesta sexta-feira (09) um ato alusivo ao Dia Nacional de luta contra reestruturação no Banco do Brasil, que anunciou um Plano de Adequação de Quadros (PAQ), com previsão de extinção de funções, redução de postos de trabalho, fechamento de agências e departamentos. A manifestação será em frente ao prédio da Superintendência do Banco do Brasil no Piauí, no centro de Teresina a partir das 09h.

O deputado Warton Lacerda (PT) subiu o tom e criticou a burocracia dos órgãos estaduais para a aplicação de recursos em obras públicas. Segundo ele, na estrutura administrativa do estado existe "núcleo para fiscalizar núcleo", atrasando de forma injustificável o início de qualquer obra ou benefício para qualquer setor da administração pública. O parlamentar, que faz parte da base aliada, quer cobrar pessoalmente a solução do  problema ao governador Wellington Dias.

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