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'As virtudes necessárias': Leia o editorial da edição de hoje

Confira o editorial do jornal O DIA desta segunda-feira, dia 3 de janeiro de 2011.

03/01/2011 09:54

Estamos em época de novos governos, tanto no plano federal quanto no estadual. E por isso é bom lembrar que os nossos governantes devem observar as quatro virtudes cardeais: a coragem, a temperança, a justiça e a sabedoria. Todas elas devem ser trabalhadas com o mesmo peso, sem que nenhuma se sobressaia sobre a outra, para que tenhamos uma administração que atenda aos interesses do povo e nunca aos interesses de quem está no poder, como costuma acontecer. Esses devem ser os aspectos centrais da gestão pública, uma vez que o erário não suporta mais tantos desmandos, independente da aprovação ou não que o titular do mandato possa ter.

Essas virtudes são essenciais para que exista a possibilidade de uma convivência harmônica e civilizada entre todas as camadas sociais. É evidente que nas últimas cinco ou seis décadas o mundo teve mais transformações do que em toda a história, mas essas virtudes permanecem imutáveis porque estão arraigadas no íntimo, na essência de cada um de nós.

Um governo precisa ter coragem para entender e praticar as transformações que a vida moderna exige, quer seja nos aspectos da moralidade administrativa, quer seja no aspecto do respeito aos cidadãos. Um governo precisa ter a temperança necessária para enfrentar as crises sem baixar a sua moral, sem destruir os sonhos do povo. E precisa ter a dose necessária de justiça para que os direitos das pessoas sejam respeitados sem deixar que os seus próprios direitos sejam aviltados.


Respeito é uma situação que precisa ser corrente, ser presente em todos os instantes. E um governo que consegue respeitar a sí próprio certamente estará respeitando a todas as pessoas a quem representa, a
quem deve direcionar as suas ações.

Por fim, é preciso que a gestão pública tenha a sabedoria necessária para reconhecer seus erros e acertos, para saber onde bem aplicar os recursos arrecadados através dos impostos, para saber cobrar de outras instâncias tudo aquilo que possa ser utilizado em benefício do povo. A reflexão sobre todos esses aspectos permitirá ao governante ter uma visão ampla do que precisa ser feito, enxergando as mudanças que precisam acontecer e, também, aquilo que deverá ser mantido. É sobre este prisma que a sociedade espera a ação dos nossos governantes de agora.

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