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E como andam elegantes essas funcionárias dos shoppings de Teresina. Dentro de seus uniformes tão sempre bem ajustados, elas ficam explicitamente charmosas. E quando pegam um ônibus lotado, caótico e sem ar-condicionado? Valha, ai é que ficam chamativas, nababescas, luxuriantes, contraporem-se a adversidades dos coletivos cacarecos parece ser a marca dessas mulheres maravilhosamente vestidas.

Sutis na condução teresinense, que é um verdadeiro holocausto em rodas, as operárias elegantes ignoram o “não” desleixado dos vereadores que votaram contra a climatização, e seguem no prumo, refinadas, sequer um fiozinho de cabelo entra em colapso, em desalinho.  Elas seguem para o trabalho de semblantes suaves, como a leve brisa da noite que chega para nos acalentar. São incríveis essas colaboradoras que nunca estão amarrotadas.

Tanto faz ser alta, mignon, magra, plus-size, não importa. As comerciárias dos três centros de compras mais sofisticados da cidade, passeiam com suas fardas muito bem alinhadas, asseadas, como se fossem convidadas para aquelas festas imponentes de Getsby, o personagem glamoroso do não menos jeitoso Scott Fitzgerald.

Que me perdoem as funcionárias de outros estabelecimentos comerciais - esses menos badalados – não quero aqui diminuí-las, nem dividi-las em classe superior ou inferior, nada disso, longe de mim. Mas existem mulheres de beleza incomum que são extremamente ofuscadas por uniformes simplesmente ridículos. Nem deveria ser considerada roupa de trabalho e sim uma fantasia de mau gosto. As dos shoppings, não, estão melhores uniformizadas, aprumadas, como se fizessem parte de um mesmo conceito de moda, e mais, faz pensar que ganham um adicional para estarem a todo instante impecáveis.

Que o diga aquela balzaquiana do novo shopping que vi no ônibus apinhado de gente. A moça vestia um tailleur moderninho sob medida, e ainda usava uma echarpe ao redor do pescoço provavelmente para protegê-la do friozinho do ar da empresa. A peça combinava com a farda e a deixava absolutamente elegante e formal.  Bem ao estilo de uma Kate Middleton, uma Sarah Parker, isso sem citar as celebridades brasileiras que usam aos montes. Vai ter bom gosto assim lá pras bandas das Fashion Weeks da vida!

Outro dia mesmo fui atendido por uma moça, num desses quiosques de venda de celular, que se vestia com simplicidade, mas seu uniforme em tom pastel apresentava em cada costura, certa graciosidade acompanhada de um refinamento de encher os olhos. Vendeu-me um celular que ao menos olhei marca e modelo, pois me atentei somente ao traje que usava tão bem acabado.

Minhas idas aos shoppings dessa cidade que cada vez consome mais, não é questão apenas de comprar ou passear, mas também observar a elegância do fardamento das moças funcionárias. Bem uniformizadas, com justeza e esmero, elas nos causam boa impressão, nos passam seriedade e segurança. E cá entre nós, deixar a silhueta e os traços revestidos de forma positiva é complementar a beleza física.