Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Advogada Jordania Braga Ribeiro enfrentou deficiência auditiva para carteira da OAB

Jordania Braga Ribeiro, Advogada que recebeu a Carteira da OAB, na última quarta-feira (28), durante solenidade realizada na Sede da Seccional Piauí

30/06/2021 17:45

“Ela sempre foi inteligente, sempre gostou de estudar”, disse a mãe da compromissanda Jordania Braga Ribeiro, Advogada que recebeu a Carteira da OAB, na última quarta-feira (28), durante solenidade realizada na Sede da Seccional Piauí. Aos 36 anos, Jornania pode levantar a sua carteira de Advogada que tanto lutou para conseguir e declara “sempre admirei essa profissão que hoje posso chamar de minha”, conta.

Durante a solenidade, que contou com um intérprete de libras, a nova Advogada compartilhou que no decorrer do curso superior tirava notas boas e que não teve dificuldades durante esse período. “Eu estudava muito. Fiz uma boa prova da OAB e sempre acreditei que daria certo. E, hoje, consegui. É uma vitória e grande alegria essa conquista”.

O Presidente da OAB Piauí, Celso Barros Neto, aproveitou a oportunidade para destacar a importância da persistência e das políticas de inclusão. “Ver Jordania com sua carteira é inspiração e força para acreditar no poder transformador que a educação traz”, diz.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, no ano de 2013, 6,2% da população brasileira é considerada PCD (Pessoa com Deficiência). Jordania faz parte desse grupo desde que ela tinha 10 anos, quando adquiriu a deficiência, resultado da sequela da doença caxumba que teve quando cursava o terceiro ano do ensino fundamental, na época ainda terceira série. No início, Jordania quis desistir dos estudos, mas a sua mãe estimulou a filha a aprender cada vez mais e, desde então, ela segue determinada, característica que herdou da sua mãe, professora com uma história de persistência. 

A Advogada, desde criança, tinha afinidade com a leitura. A mãe, Júlia Braga, conta que os livros que ela levava para a escola, onde trabalhava, eram sempre grifados pela filha, “se ela gostava muito de alguma citação, rapidamente ia procurar mais sobre o autor”, destacou. “Sempre dedicada, uma inspiração para todos. Quando sofreu com a perda da audição, pensou que era o fim dos seus sonhos, mas, com o amor da família, ela percebeu que era o início de uma jornada ainda mais cheia de vitórias e de novas perspectivas”, conta.

“Eu sempre achei a Advocacia muito bonita, herdei da minha mãe a persistência e a vontade de acreditar nos estudos. Faço parte da Advocacia, agora, oficialmente e sei que tenho ainda muita história para escrever. Eu consegui e posso ir sempre mais além”, ressalta com a força de quem

Mais sobre: