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Quando o mundo dá voltas

Mais analogia entre o River na Serie D e o mundo real

11/11/2015 17:20

A excelente campanha do River Atlético Clube na Série D do Campeonato Brasileiro empolgou os Piauienses pelo Brasil, afinal 2015 tem sido um ano amargo para o cotidiano, com múltiplos aumentos de custos como combustível, gás, energia elétrica, alimentação, etc. Sobrou o futebol para tentar esquecer dos problemas diários e faço parte deste grupo, assistir o River se tornou uma pausa de 90 minutos no stress diário.

Mas queria abordar nesta coluna o seguinte tema: PRECONCEITO, a partir das duas imagens abaixo, extraídas da fanpage do River no facebook, censurei o nome e foto dos envolvidos.


Estamos em 2015, vejam como insistem no preconceito, esquecendo que o mundo dá voltas! O time Piauiense - aliás eu como Piauiense sempre escutei todo tipo de piada pejorativa - é visto pela torcida do Botafogo de Ribeirão Preto, oriundo do estado de São Paulo, cuja capital foi praticamente erguida pelo trabalho do povo Nordestino que para lá migrou, como o time do bode, risos... devem imaginar que Teresina é uma grande fazenda, com bois, e principalmente bodes na lateral do Albertão, quem sabe até dando uma corridinha atrás de algum jogador.

Como é de conhecimento geral, dificultaram a vida do River em Ribeirão Preto, o clube teve que alugar um campo para treinar - fato este que eu adoraria que fosse retribuído ao time paulista, com o direito de conhecer o "tal de Albertão" só na hora do jogo. Alias, vai um recadinho para o narrador de um canal que transmite a Série D: É ALBERTÃO, de Alberto Silva e não ABERTÃO de abertura grande. Durante o jogo, quando o placar estava 2x0, a torcida começou a gritar É CAMPEÃO. O mundo dá voltas... ansioso por sábado, 40.000 pessoas no tal de Albertão, empurrando o time, com bode ou sem bode. Mas que o preconceito é uma grande babaquice do ser humano, ah isso é...

Aí o mundo dá voltas e depois o que acontece? O camarada casa com uma piauiense, ou simplesmente por única oportunidade profissional pára no PI e aí se arrepende das baboseiras ditas no passado. Já vi alguns casos, porém não posso contar assim abertamente em um blog.

Já vi muito, principalmente no ambiente de trabalho, rótulos pejorativos como todo nordestino é paraíba (se o observador for carioca) ou é baiano (se o observador for paulista). Acham que vivemos entre bodes, ou na rede o dia todo (caso resida no litoral), só que quando isso é no trabalho (não que em outro ambiente seja correto), entramos na seara da: Postura Profissional, onde as vezes até o salário de um nordestino em uma empresa que tenha filiais no país todo, acaba sendo inferior a de uma filial no sudeste, absurdos que vemos em pleno 2015.

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