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Por mundos nunca antes navegados...

Autora: Júlia Maia Rocha Carvalho – Florianópolis/SC – Pesquisadora da Ciência Logosófica.

21/04/2019 05:44

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Estudando a História, é possível identificar diversos momentos que foram cruciais para o avanço de nossa sociedade. A descoberta da penicilina em 1928, assim como o desenvolvimento de vacinas permitiram que as pessoas vivessem por mais tempo. O primeiro veículo, inventado em 1769, trouxe mobilidade ao ser humano; a luz elétrica, em 1879, tornou a vida mais confortável. Essas e outras realizações transformaram o mundo para melhor, porque permitiram que o homem ampliasse sua capacidade de realizar. 

Muito tempo depois, no ano de 1992, numa cidade cercada por montanhas, eu chegava ao mundo. Logo que nasci, fui vacinada e, desde então, venho usufruindo dessas pequenas porções de bem que tantos inventores deixaram para a humanidade. Quando eu estava no Ensino Fundamental, tinha uma grande vontade de inventar algo, mas algo útil. Entretanto, eu pensava que havia chegado muito tarde e, diante de toda a trajetória que o ser humano tinha percorrido, não havia quase mais nada a avançar. Ainda criança, lembro-me de conhecer um senhor que havia inventado o ebulidor de água e uma vassoura de garrafa PET. Ao visitar sua fábrica, pensei: “Pronto, esgotaram-se as possibilidades, não há mais nada que eu possa fazer. Esse senhor nasceu antes e aproveitou sua oportunidade de fazer algo para a humanidade… Fiquei para trás!”

À medida que fui crescendo e compreendendo melhor a realidade do mundo em que vivia, fui percebendo que ele não estava tão “pronto” e “avançado” como achei que estivesse. Sentia e observava que muitas coisas ainda precisavam ser feitas. Então me perguntei: O que posso fazer para que a humanidade avance e realize as mudanças que quero ver no mundo? 

Porém, havia em mim a tendência de esperar que o outro tomasse a iniciativa de mudar. Culpava meus familiares pelos desentendimentos que tínhamos, culpava meus colegas pelas repreensões que sofríamos e culpava os políticos pela situação do país. Sempre que refletia sobre o que eu vivia e observava, chegava à mesma conclusão: se não posso mudar o outro, as situações nunca irão mudar.

Foi aí que descobri uma outra parte do mundo e, à semelhança do que ocorreu com Vasco da Gama e as Índias, ou com Colombo e as Américas, essa parte sempre esteve ali, independentemente de eu estar ciente dela: o meu mundo interno. É nele onde vivem os pensamentos, os sentimentos, as sensações, como as de alegria ou de sofrimento, as reações positivas e negativas frente às experiências da vida, as convicções e ideias. E é justamente nessa parte do mundo onde reside o verdadeiro poder de mudança.

Quando estou atenta ao que ocorre nele, tenho a prerrogativa de realizar conscientemente todos os movimentos e atos da minha vontade. Ter em mente o propósito de melhorar o mundo me guia para que essa vontade esteja sempre voltada a fazer o bem e me superar. Então, percebi que poderia colaborar no avanço pela superação da condição moral da humanidade.

De posse dessa compreensão, comecei a realizar pequenas mudanças em minha vida. O meu mundo começava, gradualmente, a se tornar melhor. Eu passava de uma postura passiva, de esperar por mudanças, à ativa, de ter a iniciativa de realizá-las. Entretanto, ainda me questionava: Será que essas mudanças que estou realizando em mim podem também mudar o mundo ao meu redor?

Certas férias de final de ano, viajei com minha família para a praia. Embora tivéssemos ido para aproveitar o sol, a chuva predominou na maior parte de nossa estadia. No último dia, decidimos ir a uma cachoeira. Ao chegar, ficamos frustrados. O sol estava escondido pela mata, o poço era escuro e fundo, a água era fria e não havia ninguém no local. Nessa frustração ficamos. Até que, ao perceber o que ocorria dentro de mim, decidi mudar aquele estado de ânimo. Levantei-me, tirei a roupa e pulei, feliz, na água gelada. Chamei minha família para me acompanhar. O ambiente mudou, a alegria imperou. Outros visitantes chegaram e, contagiados por nossa “coragem”, também entraram na água. Nesse momento, percebi que, através de pequenas atuações como essa, posso ser um elemento de modificação do mundo, trazendo alegria para quem está ao meu redor.

Desbravar esse novo mundo, tornar-me dona dele e reinventar-me a cada dia como uma pessoa melhor: eis aí a minha contribuição. 

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