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O que sou e o que posso ser

Autora: María Inés Gabriel - Buenos Aires/Argentina – Pesquisadora da Ciência Logosófica.

05/05/2019 05:40

“A transformação do mundo a partir de si mesmo” (ISBN: 978-85-60232-02-4) foi o tema que os jovens pesquisadores de Logosofia se propuseram investigar à luz desta nova concepção humanística. Esse estudo os fez voltar sobre a realidade do mundo mental, cuja influência mais evidente se expressa na cultura e costumes de um povo. Também os fez refletir sobre seu mundo interno, que se manifesta em seu temperamento, caráter, tendências e predileções. A investigação os levou a revisar os conceitos e valores que devem ser incorporados à vida, para que cada um seja ator consciente dessa transformação. 

Se o estudo levou os jovens a perceberem o quanto podiam realizar em si mesmos, despertou também o sentimento altruísta de querer fazer com que outros pudessem viver e experimentar a mesma felicidade. Perceberam, ao final, que a transformação do mundo está vinculada à própria superação da espécie humana no que diz respeito às suas possibilidades intelectuais, morais e espirituais.

Os ensaios publicados nas páginas deste livro apresentam reflexões e experiências dos jovens em torno deste tema. Os resultados alcançados até o momento indicam que ainda há muito por fazer. Que isso se constitua num grande estímulo para que todos se unam em um grande ideal: a superação.

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O que sou e o que posso ser

“Por que sou assim?", "Por que cometo uma e outra vez os mesmos erros?”. Muitas vezes me fiz essas perguntas, e imagino que não sou a única. Elas me atormentavam na adolescência, porque eu não encontrava um caminho que me levasse a respondê-las. As respostas só chegaram depois…

Na infância, me entusiasmavam todas as situações que antecipavam um porvir, como, por exemplo, meu aniversário ou a volta às aulas. Esses momentos me indicavam que eu havia crescido e que começava uma nova etapa. Era tal a alegria que me proporcionavam, que na noite anterior não conseguia dormir de emoção. Porém, em algum momento de minha adolescência, tudo aquilo deixou de me agradar. A ideia de começar outro ano letivo ou a proximidade do meu aniversário, por algum motivo que eu desconhecia, me parecia deprimente. Por que isso aconteceu? Como o que produzia alegria na infância transformou-se em motivo de uma tristeza adolescente? 

Foi também nessa época que começaram a surgir as perguntas que mencionei ao início, a respeito de por que sou como sou. Entendi que minha angústia se devia, precisamente, ao fato de que tais situações já não me recordavam que eu havia crescido, mas sim que seguia como antes. Encontrei-me estancada na vida que levava, sem sentir que amadurecia e que realizava mudanças importantes. 

O início de meus estudos logosóficos se deu, em grande parte, como uma tentativa de responder aquelas questões. Se eu sempre cometia os mesmos erros, era porque, possivelmente, sempre fazia as coisas da mesma maneira. Porém não imaginava como poderia fazer diferente… até aprender a me conhecer internamente e a pensar por mim mesma. 

O conhecimento de si mesmo não consiste apenas em saber como sou, senão como posso ser. É, portanto, um conhecimento que nos incita a sermos ativos e fazermos com ele algo útil: nos superarmos. Com isso, não me refiro a nos convertemos em seres perfeitos, senão perfectíveis, ou seja, capazes de melhorar continuamente todas as nossas aptidões e corrigir condutas e pensamentos errôneos.

Diferentemente do que via em algumas ideologias, eu não estava recebendo receitas prontas para a solução de meus problemas, mas sim ferramentas de reflexão, para elaborar por minha conta a melhor forma de proceder diante de cada dificuldade.

Por exemplo, me descobri sendo intolerante em diversas circunstâncias de minha vida cotidiana. Porém, repetir para mim mesma uma e outra vez que devia ser tolerante e não me aborrecer não ia fazer com que magicamente aquilo se realizasse, porque, definitivamente, eu não tinha a menor ideia do que significava ser tolerante. 

Uma das ferramentas que a Logosofia apresenta para pensar é fazer perguntas a si mesmo, e com isso comecei a esboçar a nova conduta que substituiria a velha.

Identifiquei muitas situações que habitualmente me despertavam essa deficiência e me perguntei: “Por que me incomodo? O que verdadeiramente motiva minha indisposição? E se conseguisse não me incomodar, como reagiria, então? Posso atuar diante dessa situação sem me incomodar e tampouco aos demais? E, finalmente, por que é importante não me incomodar?"

As respostas me permitiam preparar meu pensamento para a próxima vez que a deficiência quisesse se manifestar. Já tinha em mente um plano para combater minha intolerância! Depois tive que colocar esse plano em prática e observar os resultados, avaliando se apliquei o que havia pensado e se necessitava melhorar. Às vezes, tinha que fazer-me novas perguntas ou contemplar um aspecto da deficiência que eu não havia visto até fazer a experiência. Porém já me encontrava um passo à frente para vencer aquilo que tanto me fazia sofrer. 

O mais interessante era que essas perguntas podiam aplicar-se a tudo o que eu gostaria de mudar em mim, e me foram úteis para praticar novas formas de atuar. Meus ensaios e os novos comportamentos que com eles alcancei não só me beneficiaram, mas também aos que me rodeavam, porque me evitaram muitos conflitos que teriam continuado a se apresentar entre mim e meus seres queridos se eu não tivesse começado a praticar essa mudança.

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