LIBERDADE, tema que há milhares de anos alimenta discussões no campo das relações humanas, econômicas e políticas, foi eleita como objeto de estudo entre jovens pesquisadores da ciência logosófica de todas as partes do País, devido à sua relevância para a fase da vida em que se encontram. Alguns resultados desse estudo, que estão publicados no livro “Ensaios sobre liberdade” (ISBN: 978-85-60232-01-7), serão agora compartilhados com você. Assim você é nosso convidado a compartilhar conosco os aprendizados e descobertas que hoje nos permitem sentir mais livres internamente.

Ensaios sobre Liberdade apresenta, de forma variada, episódios que fazem parte da vida do jovem. Retrata a luta de diferentes pessoas contra a força implacável que os pensamentos exercem sobre a vida, mostrando que é possível conhecê-los e dominá-los, selecionando aqueles que nos permitem experimentar a verdadeira liberdade: aquela que surge de dentro de nós.

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A liberdade e a fina estampa

Ser livre ou não? Esta parece ser uma questão muito fácil de ser respondida, até mesmo óbvia. Mas a liberdade a que me refiro não diz respeito à liberdade de expressão, o respeito ao direito de ir e vir, e outras conquistas que se consagraram na história da humanidade, mas sim à liberdade interna de cada ser humano. Tenho observado que há muitas situações em que, por diversos motivos, não exerço a minha liberdade para agir de acordo com que penso e quero para mim.

Será que estou sendo livre quando, para seguir novas modas, padrões de beleza e cortes de cabelos, observo em mim a pressão de pensamentos para aderir a moldes ou adotar um comportamento, mesmo contrariando meu gosto pessoal? E sobre a minha realização profissional: sei realmente qual é a condição financeira desejável a que pretendo chegar, ou estou seguindo uma corrente mental que supervaloriza o trabalho e o ganho financeiro?

Certa vez, por influência de uma amizade, comecei a me preocupar demasiadamente com as roupas que estava usando, sendo que tudo o que vestia, ou pelo menos pretendia, tinha que ser “de marca”. Mesmo sabendo que, para estar de acordo com este pensamento que havia invadido minha mente, precisaria que meus pais se esforçassem para pagar os altos preços daquelas vestimentas, não conseguia entender que o que realmente estava ocorrendo comigo se devia a deficiências que eu não podia controlar. Ainda não possuía defesas mentais que me resguardassem da ação desses e de outros pensamentos que me faziam fugir da minha realidade e mudavam com muita facilidade meu estado emocional. A liberdade que imaginava possuir, na realidade, não passava de uma crença em mim mesmo. Crença essa que me prejudicou em muitos aspectos, fazendo com que eu perdesse oportunidades e cometesse erros que, no final das contas, restringiam minha liberdade individual. 

Hoje venho aprendendo que a verdadeira liberdade começa no interno de cada um e é conferida pelo saber. Quanto maior for o conhecimento que posso em determinada área, também maiores serão as possibilidades de acertar em minhas atitudes. O conhecimento me confere liberdade de ação, me proporciona caminhar de forma mais segura, pois sei em que chão meus pés pisam. Conhecendo minha realidade interna, sabendo com quais recursos conto para enfrentar as dificuldades que a vida me apresenta, posso ser livre e, certamente, mais feliz.

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