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E o meu futuro a quem pertence?

Clara Novais Miranda de Almeida – Belo Horizonte/MG

20/01/2020 11:04

Na juventude, a incerteza do futuro é motivo de inquietude de muitos. Nós, jovens, ansiamos por saber o que nos aguarda. Natural que assim seja, pois essa é uma fase em que fazemos escolhas que encaminham aspectos importantes da vida. Mas ainda há quem creia que "o que tiver que ser, será", ou que "o futuro a Deus pertence", ou que não é possível criarmos o nosso próprio amanhã. E essa crença causa temor ao futuro. Temor que nos paralisa e limita a prerrogativa de construir nossa própria vida.

Lógico é pensar que, mesmo planejando o futuro, não há como afirmar com plena certeza o que será. Mas então, como forjar o futuro que eu quero e confiar, sem temer, no que está por vir?

Tenho aprendido que devo pensar e refletir sobre o que quero viver, e buscar esforçar-me e empenhar-me para alcançar essa realidade. Mas é necessário fazê-lo de forma ampla, sem limitar as próprias possibilidades. Assim, posso confiar que vou herdar felizes resultados, se estou trabalhando hoje para isso.

A imaginação sempre acompanha a reflexão sobre o que se quer viver, e na fase juvenil é comum que a profissão ocupe o centro dessas projeções. Pode-se dizer que a incerteza de um futuro profissional promissor é a principal preocupação, pois muitos têm o pensamento de que garantido o futuro do trabalho, todo o restante se encaminhará.

Mas, será mesmo que somente a realização profissional basta para garantir um futuro feliz? Eu tinha esse pensamento. Estudei Medicina e, neste meio acadêmico e profissional, considera-se natural que o trabalho ocupe toda a vida. Na segunda metade da graduação, comecei a refletir sobre qual seria minha especialidade e como encaminharia minha carreira.  E, influenciada pelos pensamentos mais prevalentes no meio, quis me especializar em algo que levasse muito tempo para concluir e que fosse complexo, pois disso eu imaginava que dependeria o meu sucesso – que, para mim, era sinônimo de triunfo profissional.

Ao imaginar o que queria viver, me via uma médica muito competente, reconhecida, com altos cargos e salários, com meu tempo integralmente dedicado à profissão. Imaginava que, fazendo isso, poderia proporcionar “tudo de bom e de melhor” à família que eu constituísse, teria uma vida feliz e equilibrada, e estaria cumprindo os meus objetivos de vida.

Mas, internamente, sentia-me temerosa com essa perspectiva. Eu não tinha como garantir que alcançaria aquelas realizações profissionais, e nem que “tudo de bom e de melhor” seria suficiente para uma vida familiar feliz. E eu me perguntava: como ficam os outros aspectos da minha vida – os meus vínculos com familiares ou amigos, a maternidade, o matrimônio, a minha espiritualidade, etc. –, se eu dedico tanta vida à profissão? E então, aqueles pensamentos do meio “solucionavam” essas inquietudes, fazendo-me imaginar que, como teria sucesso na profissão, seria fácil equilibrar as outras coisas. Com isso, essas perguntas aquietavam-se no meu interno, e eu seguia imaginando que bastava me preocupar com a profissão.

Durante esse período, tornei-me estudante de Logosofia, e, com essa ciência, aprendi que a vida é uma grande oportunidade de evolução, e que todos os seus campos me proporcionam experiências das quais posso extrair conhecimentos instrutivos ao alcance dos fins da minha existência: evoluir rumo à perfeição e constituir-me em uma verdadeira servidora da humanidade.

Entendi, então, que esse era o propósito que deveria buscar realizar em todos os campos da minha vida, e a profissão não é o centro dela, mas um dos campos que deve servir a esses fins. Os demais campos, por sua vez, adquiriram para mim um valor muito maior, uma vez que, em todos, tenho a oportunidade de realizar o processo de evolução e colaborar para que meus semelhantes o realizem. A partir disso, comecei a pensar e refletir sobre o meu futuro de forma mais ampla.

Compreendo que, para alcançar esses fins e garantir uma vida feliz, devo extrair o aprendizado de todas as minhas experiências. E não basta somente me preocupar com a profissão. Minhas escolhas devem colaborar na conciliação de todos os campos e na construção de uma realidade que favoreça, ao máximo, minha evolução. 

Refletir conscientemente sobre os aspectos da minha vida, para conciliá-los ao escolher um caminho profissional, faz o temor ao futuro dar lugar ao valor. Faz também que eu me sinta muito confiante de que o meu ser do futuro vai herdar experiências felizes provenientes dessas escolhas, e que eu experimentarei uma enorme gratidão ao meu ser do presente, e a esta ciência que tanto me faz bem. 

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