Dois Bicudos
Diz o povo que “dois bicudos não se beijam/dois “boca-funda” pior/ dois “carcunda” não se abraçam/ por via do “caracó”. Foi o que deu entre os dois times de prefeituras fartas, Altos e Piripiri. E com aquele empate de bufa de anum. Um a um. A equipe altense quando não empata, vence. E desta feita foi em campo neutro, na capital, reabrindo o Lindolfinho que estava fechado para reforminha cabeça de pato. Pouca gente foi ver este jogo porque a divulgação foi fraca e o povo está preferindo ficar em casas ou no bares mexendo no celulares. A mentora precisa motivar as galeras para ir ao futebol e anunciar como nas festas do Valdemar Aluisio e dizia o Roque Moreira na Pioneira: Mulher não paga ingresso. A prefeitura de Teresina gastou uma nota para reformar o velho LM, passou um ano e meio retocando aqui e acolá e até lugar do povo defecar. E o Linfolfinho está semi-novo e o torcedor deve ser mancar e deixa de fazer riscos nas cadeiras, escrever nome e de namorada, nome feio e coisa e tal. Mas vamos ao jogo do LM que foi o primeiro do campeonato deste ano. Pela vez primeira, desde que eu entendo de escrevedor de futebol nesta taba, o campeonato teve sua primeira partida com dois times de fora desta capital e isto já mostra a força da Carcará Bral. E os dois se enfrentaram e empataram. Ninguém meteu em ninguém. Foi um jogo “ocho”, um zero a zero frouxo. Só bateram dois “centros”. Só nos inícios da etapas. Sua majestade, o árbitro, não fez aquele gesto bonito de apontar a bola ao centro. O futebol perde muito de sua magia, de sua idolatria, quando as redes não balançam.É como se fosse um casamento sem lua de mel. Ou ir ao banheiro sem levar o papel. Que além de esquecimento, fica muito é fedorento. Mas voltemos ao futebol, o esporte sensação que é o nosso ganha-pão e agora mudou tudo na federação. Bicho que é bicho mesmo agora tem que ter cuidado porque a situação está “pecuária”, a renda, a arrecadação precária e ninguém pode cair na área que o juiz marca logo penalty. Ah, tempos que não voltam mais. Tempos de Valdemir Silva e de Artur Brás... E com renda mais fraca do que caldo de peteca foi reaberto o campo da municipalidade e o Cabeça de Pato na maior felicidade porque o seu “ponto” de vender cerveja voltava a funcionar mas a arrecadação deixou muito a desejar. Como era jogo de abertura de campeonato ficou num um a um, muito bom, um jogo intermunicipal em plena capital. Um time que veio de Piripiri e o outro de Altos, bem daqui. E o campo do Firmino foi reaberto para alegria do povo da Matinha a adjacências que há tempo não ia ao próprio da municipalidade. E teve gelada na cantina do Cabeça de Pato, pasteis de dona Maria Divina, gelado do Florêncio e muito picolé. E assim, o LM foi reaberto para alegria daquele povo ali de perto, Palmeirinha, Mafuá, Timon e a Matinha. Mas o gol que é bom... Não teve. As redes permaneceram virgens. Ninguém meteu em ninguém.
O mais protegido
Foto: Assis Fernandes/ODIA
Assis Paraíba nos mostra em foto como nosso torcedor tem proteção policial, inclusive o pipoqueiro, estádio municipal, domingo, 20-01-19, abertura de campeonato, Auto e 4 de Julho. Placar ocho. 0 x 0. Hoje é assim. Piocerá !
E o Flamengo ?
A galera do mais querido também no Piauí espera com avidez, a estreia do time de Everaldo no campeonato cabeça de cuia. Quero saber como foi que o Baixinho conseguiu manter este plantel atual numa situação muito delicada com relação ás finanças porque ter time de futebol profissional no Piauí é mais caro do que sustentar mulher na antiga Bete Cuscuz. Numa terra onde os patrocínios são fracos e os políticos estão cada vez mais “veiacos” e escondidos. E a torcida deve colaborar também e o mínimo que ela pode fazer é ir ao jogos do Mengo, o time do seu coração, muitas vezes campeão. Torcedor em casa, de rádio na mão, não influi nem contribui. Só faz é gastar dinheiro com pilha.
E o Piauí ?
Nosso Zé do Povo que já foi Piauizão Vibrante como é que vai nesta atual situação pré-falimentar do pebol piauizeiro ? Aqueles torcedores tradicionais de famílias ancestrais, muitos deles já não existem mais... E o clube continua vivo com uma turma nova de boa vontade mas com dinheiro curto e a gasolina sempre na reserva. O Piauí tinha a fama de possuir apenas doze torcedores mas era uma dúzia de abnegados mas bastante abonados. Depois passou para as mãos de Reinaldo Ferreira e teve momentos de glória com presidentes eficiente como João Maguim, Aerton Fernandes, seu Itamar. Depois que saiu da zona nobre para zona rural , o Piauí mudou seu carnaval. Ele era o Zé do Povo, agora é o time escondido do povo.