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A agenda do governo Bolsonaro não contempla a vida

De uma forma ou de outra, está sempre fazendo acenos à morte.

08/07/2019 11:08

Sob o signo da morte

Há seis meses no poder, o senhor Jair Messias ainda não emplacou nada de relevante. Afora nomear e demitir ministros e assessores enrolados, gasta parte do tempo “tuitando” e alimentando a mídia com factoides. De qualquer forma, já deixou bem claro que sua agenda de governo não contempla a vida. De uma forma ou de outra, está sempre fazendo acenos à morte.

Vejamos: até o momento, sua maior preocupação, digo, obsessão é aprovar o projeto que facilita a compra e o porte de armas, inclusive de fuzis. Ao todo, já apresentou 7 projetos, todos com o mesmo conteúdo, mudando apenas a maquilagem. Acredita que, com mais armas nas mãos dos “cidadãos de bem”, os bandidos refluirão. Especialistas, de todos os matizes ideológicos, condenam a proposta, mas o Mito acredita que Deus não o escolheu por acaso. Mais armas: mais mortes.

Em mais de uma oportunidade, já se manifestou contra a “rigidez” das leis de trânsito. Já propôs até a supressão das cadeirinhas dos bebês nos automóveis, por acreditar que “proteger os filhos é tarefa dos pais”. Quer dispensar caminhoneiros dos exames toxicológicos quando até os próprios motoristas reconhecem que muitos dirigem sob o efeito de anfetaminas, os chamados “rebites”. Menos rigor nas leis: mais mortes no trânsito.

Em seis meses de governo, mais de 200 novos pesticidas foram liberados, alguns proibidos em países civilizados. Significa dizer: mais veneno na mesa dos brasileiros. Para o Messias, é preciso incrementar a produção agrícola, que tem peso substancial nas exportações brasileiras.

Já cogitou usar os recursos do Fundo  Amazônia para “indenizar” os “proprietários” de terras griladas. Para especialistas, a medida incentivaria as invasões de áreas protegidas por lei e aumentaria os crimes ambientais na região.

Já afirmou que, no seu governo, não demarcará um hectare de terra destinada aos indígenas. No seu entender, já existem “terras demais” ocupadas por índios que nada produzem. Além disso, os “índios querem ser integrados à população brasileira”. Melhor destino não terão as comunidades quilombolas, constituídas por negros indolentes, pesando “muitas arrobas”. 

Não bastasse tudo isso, o superministro propõe a redução da carga tributária sobre os cigarros fabricados no Brasil “para combater o contrabando de cigarros de má qualidade”, oriundos do Paraguai. Mais morte por câncer e outras enfermidades ligadas ao tabaco.

Melhor parar por aqui. Entre nós, a “indesejada das gentes” está em alta. O Messias deve saber por quê.

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