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Nova chance para o brinquedo quebrado

Por descuido ou desejo de cometer erros, quebramos coisas valiosas - relacionamento, comunhão e intimidade com Deus

26/08/2020 13:56

Meu filho Emanuel, de cinco anos, meio por descuido, meio por traquinagem, pisou na sua pista de corrida e quebrou o brinquedo, recém-comprado. Chateada, reclamei, e disse que o papai também ficaria triste quando visse. Ele, com carinha de preocupação, falou: “não quero que ele fique triste; vou esconder pro papai nunca ver e nunca ficar triste”. O detalhe é que ele resolveu esconder o resultado da sapequice embaixo do travesseiro do pai, que desta forma não precisaria fazer esforço algum para flagrar o erro. 

Fiquei pensando em quantas vezes nos comportamos como o Emanuel. Por descuido (com nossa própria alma) e por traquinagem (desejo de cometer erros), quebramos coisas valiosas - relacionamento, comunhão e intimidade com Deus. Foi assim desde a Criação, quando Adão e Eva desobedeceram e depois quiseram esconder seu brinquedo quebrado, sem perceber que Deus é o Dono do jardim e de tudo o que nele há. Em seguida, descobriram que, mesmo tendo errado, é melhor confessar e lançar todos os cuidados nas mãos do Senhor, pois Ele corrige com amor e dá uma nova chance. 

Davi também entendeu que melhor que tentar esconder de Deus as transgressões, é confessar. No Salmo 32, ele diz: 

“Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados! Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa e em quem não há hipocrisia! Enquanto escondi os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; minha força foi se esgotando como em tempo de seca. Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: "Confessarei as minhas transgressões ao Senhor", e tu perdoaste a culpa do meu pecado. Portanto, que todos os que são fiéis orem a ti enquanto podes ser encontrado; quando as muitas águas se levantarem, elas não os atingirão”. (Salmos 32:1-6).

Esconder os nossos erros pode, por vezes, parecer o caminho mais fácil, mas a verdade é que esta atitude aprisiona, adoece, maltrata, primeiro o espírito e a alma, depois o corpo, como o próprio salmista declarou (seu corpo definhava de dor). 

Querem o desfecho sobre o Emanuel? Assim que o meu esposo chegou em casa, meu pequeno contou o que tinha feito. Amorosamente, o papai disse que isso aconteceria às vezes, que agora seria preciso ter mais cuidado, e que em breve será comprada uma nova pista de corrida, para que ele tenha uma chance de fazer diferente. 

Confesse, receba o perdão, e seja livre para uma nova oportunidade!

Edição: Pollyana Rocha
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