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Teresinenses devem sofrer com baixa umidade do ar, chegando a apenas 14%

A umidade do ar é a parcela de vapor de água presente na atmosfera em relação à quantidade máxima que poderia suportar na mesma temperatura. Em Teresina, a média ao longo ano é de 50%, mas em tempos de B-R-O Bró, essa taxa cai e chega a números preocupantes: nos dias mais secos, os teresinenses podem sentir apenas 14% de umidade.

No mês de outubro, a média fica em torno de 30%. A sensação térmica também é interferida pela umidade relativa do ar, de forma positiva ou negativa, dependendo do clima característica da região e do tempo. Quem explica é a meteorologista Sônia Feitosa; em lugares frios, a umidade baixa e a presença de ventos contribui para o frio. Na ausência do vento, a sensação fica mais quente.

“Estamos recebendo a radiação solar e não tem nenhum vento para aliviar. Mas se esse calor, como agora que o Piauí está chegando a mais de 41 graus, fosse também em um dia completamente nublado, aquele calor era também bem ofegante. Quando a umidade está baixa não acontece isso, você transpira e logo esse suor é evaporado porque a própria atmosfera está precisando daquela água do suor”, fala. Segundo Sônia, com a ausência do vento, os teresinenses teriam sensação térmica de té 50ºC.


Um tempo mais seco é danoso à saúde, uma vez que contribui para problemas respiratórios. Foto: Arquivo ODIA

Já um tempo mais seco é danoso à saúde, uma vez que contribui para problemas respiratórios. As mucosas ficam mais secas, o ambiente tenta tirar umidade de onde não tem e o organismo perde água nesse processo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível ideal para o organismo humano gira entre 40% e 70%.

“Se o ar tem umidade, ele fica mais pesado, então as partículas suspensas na atmosfera descem. Quando o ar está seco, ele fica mais rarefeito na atmosfera e aquelas partículas ficam flutuando e a gente respirando aquele ar mais sujo, por isso a gente também tem problemas respiratórios”, pontua Sonia Feitosa.

Até a incidência de queimadas aumentam no tempo mais seco, o que gera a fumaça, também prejudicial nessa época do ano, quando a vegetação, geralmente mato seco, torna mais fácil o desenvolvimento de combustão.

Quando a umidade está muito baixa, as regiões do corpo que mais sofrem são as vias respiratórias superiores, que corresponde ao nariz, garganta, laringe e faringe. A informação é do otorrinolaringologista Erick Barros, que explica que o período propicia o ressecamento das mucosas que revestem as vias respiratórias.

Por conta disso, as pessoas sentem com mais frequência desconfortos, dor de garanta, ardor ao respirar. Já a mucosa do nariz que é muito vascularizada pode sangrar com mais facilidade. “Pode ficar ressecado, ardendo quando respira, pode ter até alguns ferimentos, dor de garganta, tosse seca, os lábios podem ficar ressacados, a pele, os olhos, e essas são as consequências da umidade relativa do ar baixa”, ressalta.

Líquido

Para combater essas consequências, os teresinenses devem tomar muito líquido ao longo do dia, pelo menos três litros de água; é necessário lavar as narinas e olhos com soro fisiológico, usar hidratante na pele e utilizar protetores labiais. O otorrino Erick Bastos também recomenda umidificados nos ambientes de trabalho e em casa; além de não programar o ar condicionado para temperaturas muito frias.