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Setut diz que é a favor da tarifa zero nos ônibus, mas cobra repasses da prefeitura

 O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informou, na manhã desta terça-feira (13), que é a favor da implantação da tarifa zero para usuários do transporte coletivo de Teresina. A tarifa zero consta em um projeto de lei de autoria do deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) que deve ser apresentado à Câmara dos Deputados no próximo ano. O projeto prevê a gratuidade no transporte público de todo o país.

Segundo o Setut, "esse seria o melhor cenário para os sistemas urbanos dos municípios". Contudo, o sindicato condiciona o apoio à tarifa zero ao repasse integral dos subsídios pagos pela Prefeitura de Teresina, para que haja "equilíbrio financeiro do sistema".

Foto: Assis Fernandes/O Dia

"O Sindicato segue cobrando que a gestão municipal cumpra com o seu dever de manter a qualidade do transporte público e que faça o repasse dos valores devidos aos empresários do transporte coletivo. A PMT vem pagando R$ 850 mil desde abril e a necessidade de subsídio é de R$ 5 milhões por mês para o equilíbrio financeiro do sistema. Seguimos buscando diálogo e soluções efetivas para a resolução desse impasse", afirma Vinícius Rufino, coordenador técnico do SETUT.

Segundo o SETUT, os valores devidos são referentes às gratuidades, passe estudantil, integrações, como também ao quantitativo de ônibus ofertados aos usuários, que se torna superior ao necessário, tecnicamente. Todos os valores devidos são previstos na licitação do transporte público. 

De acordo com o projeto de lei que visa a tarifa zero, o sistema gratuito seria financiado pelos empregadores, que hoje pagam vale-transporte, pelo governo e pelos usuários de carros. Se transformado em lei, qualquer cidadão teria acesso de graça a ônibus e ao metrô.