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Motoristas e cobradores de ônibus de Teresina se reúnem com Setut amanhã

O dilema do transporte coletivo de Teresina ganhará mais um capítulo nesta segunda-feira (07), quando motoristas e cobradores de ônibus da capital vão se reunir mais uma vez com os empresários na tentativa de chegarem a um acordo sobre o pagamento dos atrasados e do reajuste salarial da categoria.

Essa nova reunião acontece após o encontro da última quinta-feira (03) com representantes do Setut e da Strans não ter resultado em acordo nenhum. Os motoristas e cobradores de ônibus pedem o cumprimento da data base da classe, o fim dos pagamentos de diárias e o cumprimento do piso salarial, o reajuste salarial de 19,98% que cubra as perdas acumuladas durante os últimos dois anos, a volta de benefícios como tíquete alimentação e plano de saúde e melhores condições de trabalho.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

A reunião de amanhã (07) abre as negociações desta semana. Na terça-feira (08), o encontro será do Sintetro (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Teresina) com a Strans.  Caso não haja qualquer acordo, os motoristas e cobradores de ônibus ameaçam iniciar paralisações pontuais e deflagrar greve geral por tempo indeterminado.

"A paralisação não vai acontecer amanhã como havia sido programado na semana passada. Amanhã teremos essa conversa com o Setut e na terça novamente com a Strans. Esperamos que eles cumpram com o mínimo que se espera deles, que cumprir com o que já diziam no ano passado e que deveria ter sido posto em prática desde janeiro e até agora nada", diz o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso.


Teresinenses chegam a passar horas nas paradas esperando um ônibus - Foto: Assis Fernandes/O Dia

Ele se refere às declarações dadas pelos empresários no final de 2021 afirmando que as negociações e reajustes só poderiam ser discutidos em janeiro quando é a data base da categoria. Para o Sintetro, falta mais mais pulso do prefeito Dr. Pessoa (MDB) para fazer com que as empresas de ônibus de Teresina cumpram com o acordo firmado com o Município.

O cobrador Francisco Sousa diz que faz três meses que a categoria busca uma solução para o impasse junto à administração público e aos empresários, mas que não consegue retorno. 

"É só golpe em cima de golpe e a gente que sofre as consequências. Continuamos a receber por diárias, algumas empresas apenas é que pagam por mês, mas não mudou nada. O que mudou é que agora os ônibus estão lotados e a quantidade de carros é insuficiente. Eu lamento, porque o prefeito parece que não tem coragem para fazer o SETUT cumprir o contrato e os empresários dizem que não têm como resolver a situação do trabalhador", afirma.


Foto: Assis Fernandes/O Dia


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O Sintetro não descarta a possibilidade de greve geral caso não haja um acordo ainda esta semana. A categoria vai se reunir após o encontro com o Setut amanhã para deliberar sobre a eventual proposta que os empresários fizerem. 

A Strans informou que caso seja deflagrada greve, os ônibus cadastrados pelo órgãos deverão ser colocados à disposição da população para suprir a demanda. Sobre as reivindicações dos motoristas e cobradores, o Setut informou que não tem como arcar com o que está sendo pedido sem o auxílio financeiro da Prefeitura.