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Casas abandonadas no Monte Castelo acumulam lixo e são foco de doenças

Pelo menos seis casas abandonadas no bairro Monte Castelo, zona Sul de Teresina, incomodam os moradores que moram nas proximidades. Eles reclamam que as localidades estão cheias de lixo e com muito mato. Além disso, também denunciam que muitas delas são utilizadas por usuários de drogas e, por serem abandonadas, é local de proliferação de animais como ratos e gatos.

 Na Rua Major Osmar Felix, do conjunto Ipase, no Monte Castelo, a situação é agravante, a casa abandonada está tomada por matos, com muro quebrado e muito lixo. O morador Isaque Bezerra diz que esse problema de abandono é recorrente no bairro e favorece muitos riscos à população. “A gente cansa de ver desconhecidos saindo dessa casa à noite. Nem sentamos mais na porta por causa disso. Além disso, o povo joga lixo e vai acumulando um monte de bicho, como aranha”, explica. 

O problema também é crítico na Rua Maria de Lourdes Redo Monteiro. O idoso Edilberto Soares é vizinho da residência e diz que a casa serve de abrigo para mendigos, além de intensificar a proliferação de animais abandonados. O morador enfatiza que muito lixo é depositado no local, o que favorece o aparecimento de mosquitos da dengue.

 “Os gatos ficam no nosso telhado toda hora, urinam em cima das crianças, a gente não consegue nem dormir direito. E isso acontece porque ficam essas casas abandonadas, onde eles se aglomeram e se reproduzem. Essas casas incentivam até a violência, porque os usuários veem no local a possibilidade de se drogarem escondido e de se esconder”, lamenta o idoso. 

A moradora Fátima Martins mora na Rua Governador Corilano Carvalho, ao lado de outra casa abandonada e pede que a prefeitura multe o proprietário do terreno, porque o lixo abandonado traz danos à saúde da vizinhança. “É difícil por conta de usuários de drogas, insetos, questão de dengue, muitos ratos e outros bichos trazendo doença. Aqui o pessoal todo ano tem algum caso de dengue. A prefeitura deve multar, porque só assim o dono vai limpar isso aí”, reclama ela. 

A situação se repete em outras três ruas da região, na Rua Esperantina, onde os próprios vizinhos é quem limpam o excesso de lixo, para evitar prejuízos a ele; na Rua Professor Benedito Lemo, onde o mato está alto e a casa serve de moradia para animais; e na Rua Tenente Dota de Oliveira, que já foi até invadida por moradores de rua. 

Os proprietários de terrenos ou casas abandonadas que não fazem a limpeza com frequência podem ser multados no valor de R$ 300,00 a R$ 3.000,00, dependendo da extensão do território. A Superintendência de Desenvolvimento anuncia que os donos dos terrenos serão acionados e alertados do problema, se dentro do prazo dado pela superintendência eles não resolverem, serão multados.

 O gerente de fiscalização, Rogério Rodrigues, afirma, porém, que a maior dificuldade é identificar quem são os proprietários, pois muitos terrenos não são registrados. Mas garante que vai procurar no sistema e notificá-los. “A gente procura no sistema quem é o proprietário e dá o prazo de limpeza, que é de 15 dias. Para murar e edificar o terreno, o prazo dado é de 60 dias. Se não cumprirem, serão murados. A grande dificuldade é identificar o dono da casa”, explica.

 Segundo ele, uma equipe de fiscalização será enviada a cada uma das ruas para averiguar a situação. Depois os proprietários serão notificados e se encontrarem foco de dengue, ainda a Fundação Municipal de Saúde será acionada para fazer a limpeza.