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Paciente de Campo Maior receberá medicamento experimental contra câncer

Uma paciente da cidade de Campo Maior, Izabel Machado Felipe, receberá tratamento com uma droga experimental desenvolvida nos laboratórios do Instituto de Química da Universidade de São Carlos, campus ligados à Universidade de São Paulo - USP. A fosfoetanolamina sintética tem sido apontada como a "cura do câncer", apesar de sua eficácia ainda não estar 100% testada e comprovada.

O juiz Júlio César Menezes Garcéz, titular da 2ª Vara Cível da Comarca de Campo Maior (87 km de Teresina) deferiu nesta sexta, pedido favorável à Ação de Obrigação de Fazer, concomitante com Tutela Antecipada, à requerente Izabel Machado Felipe Pereira, para obtenção do medicamento Fosfoetanolamina Sintética, junto ao Instituto de Química da Universidade de São Carlos. 

A Fosfoetanolamina é uma droga experimental, que começou a ser testada em pacientes humanos no primeiro semestre de 2015, com intuito de debelar tumores malignos, mesmo em estado avançado de metástase. A droga, porém, ainda não se encontra liberada pelos respectivos órgãos competentes, Ministério da Saúde e ANVISA.

Fosfoetanolamina sintética foi desenvolvida por equipe da USP de São Carlos (Foto: Reprodução/EPTV)

Em sua decisão o juiz aponta a necessidade de julgar a decisão pelo prisma do “direito fundamental de dispor do próprio copo”, e também do “respeito à autonomia de vontade do próprio corpo”. O juiz Garcéz requer “o fornecimento da droga por prazo indeterminado e em quantidade suficiente para garantir o seu tratamento”. A requerente é portadora de neoplasia maligna, apresentando quadro clínico bastante comprometido, necessitando do uso da substância experimental para controlar a progressão da doença e, assim, aumentar a expectativa de sobrevida.

O juiz determina que a USP forneça a substância Fosfoetanolamina Sintética em quantidades e por prazo suficientes ao seu tratamento, no prazo de 48horas, sob pena de multa e de responsabilidade pessoal do reitor da Universidade.