Portal O Dia - Últimas notícias sobre o Piauí, esportes e entretenimento

MPF apura suposto golpe em auxilio emergencial praticado por vereadora do Piauí

O Ministério Público Federal (MPF) investiga a vereadora Patrícia Fernanda (Progressistas), do município de Santa Rosa do Piauí, localizado a 280 quilômetros de Teresina. Ela é acusada de aplicar golpe em um beneficiário do auxílio emergencial, identificado como Gilberto Pereira de Sousa.

Patrícia Fernanda, vereadora de Santa Rosa do Piauí (Foto: Reprodução/Facebook)

Ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) da cidade, o senhor Gilberto afirmou ter feito o cadastro no programa social do Governo Federal em meados de abril, por intermédio da parlamentar local. Ele teria repassado seus documentos a um através de uma pessoa descrita como “Toinho”.

(Foto: Reprodução)

Procurada pela nossa reportagem, Patrícia Fernanda confirmou ter auxiliado Gilberto no procedimento para solicitação do benefício, que não foi efetivado por inconsistência dos dados bancários. “Fizemos o cadastro, tentamos várias formas, mas nunca deu certo”, comentou, negando qualquer irregularidade.


LEIA TAMBÉM: MPPI fiscaliza possíveis irregularidades no auxílio emergencial no interior 

Dados do Portal da Transparência mostram que Gilberto teve o cadastro aprovado e foi contemplado com o pagamento de três parcelas do auxílio emergencial, nos meses de abril, maio e junho, totalizando um montante R$ 1.800 depositados em uma conta não identificada pela plataforma. 

(Imagem: Reprodução/Portal da Transparência)

Como o titular do benefício disse não ter recebido os recursos, o CRAS de Santa Rosa do Piauí coletou informações cadastrais que constataram não apenas o pagamento, mas movimentações financeiras na conta usada para o recebimento das parcelas. 

(Foto: Reprodução)

Por conta disso, o órgão municipal organizou todas esses dados e encaminhou uma manifestação ao MPF, que agora deve apurar se houve algum tipo de fraude e apropriação indevida dos valores por parte da vereadora, que reiterou desconhecer irregularidade. "É uma questão eleitoreira, porque é tempo de política e sou candidata a reeleição", alegou.

Nossa equipe tentou contato com o CRAS de Santa Rosa do Piauí, para saber as motivações de levar ao conhecimento do MPF uma manifestação acerca do caso, mas não obteve sucesso.