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Movimentos de direita fazem ato em apoio a Moro no domingo

Movimentos de direita farão no próximo domingo (30) uma nova manifestação na Ponte Estaiada Mestre João Isidoro França, desta vez para declarar apoio irrestrito ao ministro da Justiça Sergio Moro e aos procuradores da República que atuam na força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba (PR).

Organizado pelos movimentos "Avança Piauí", "Liberta Piauí", "Direita Piauí", "Brasil Melhor", "Vem pra Rua", dentre outros, o ato é uma resposta à série de reportagens que passaram a ser divulgadas pelo site The Intercept Brasil desde 9 de junho, e que expõem supostas conversas entre o então juiz federal Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, bem como entre Deltan e outros membros do Ministério Público Federal no Paraná.

Os manifestantes também vão reforçar o apoio à reforma da Previdência, ao pacote anticrime e a outras propostas enviadas pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) ao Congresso Nacional. O ato acontece a partir das 16 horas, na Avenida Raul Lopes, em baixo da Ponte Estaiada.

Manoel Lopes, líder do movimento "Avança Piauí" (Foto: Assis Fernandes / O DIA)

Sobre as supostas conversas de Moro e dos procuradores da Operação Lava Jato, vazadas pelo The Intercept, Manoel Lopes, o Nel, líder do movimento "Avança Piauí", considera que não há nada nos diálogos que retire a confiabilidade da atuação de Moro como juiz no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e nos demais processos da Lava Jato.

"Primeiro, foi um crime o que aconteceu [vazamento das conversas]. E mesmo que sejam reais essas conversas, não tem nada ali que comprometa Sergio Moro, enquanto juiz. Eles estavam lutando contra uma organização criminosa, que acabou com o Brasil, roubou trilhões de reais do país. Então, eles estavam lutando contra gente grande, contra gente poderosa. Eles tinham que articular. É normal isso", opina Manoel Lopes. 

As supostas conversas mostram que Moro teria atuado com parcialidade no julgamento de Lula no caso do apartamento triplex no Guarujá (SP), e também na condução da Operação Lava Jato de um modo geral, em Curitiba. Nos diálogos revelados, o então juiz chega a orientar ações do MPF e até a cobrar a realização de novas fases da operação. A autenticidade dos diálogos, porém, não é totalmente reconhecida pelos envolvidos.