O prefeito de São Paulo, João Doria, defende que, entre outubro e dezembro, o PSDB defina o candidato do partido para disputar o Palácio do Planalto. Aos 59 anos, o tucano acredita que, apenas com tal prazo, a um ano das eleições de 2018, possa ser possível viabilizar um nome para a Presidência da República.
Sobre a lealdade do PSDB ao governo de Michel Temer, Doria afirma que as avaliações devem ser feitas dia a dia. “Temos uma situação de dificuldade. Há uma agonia no país. E, a cada dia, é necessário avaliar essa agonia. Essa é uma circunstância”, diz. “Não estou dizendo que deva permanecer (no governo). Digo que é preciso avaliar e não apenas tomar uma decisão. Significa discutir sobre ela e, se tiver que tomar uma decisão, como tomá-la”, completou.
Na visão do prefeito, a Justiça não deve prender o ex-presidente Lula antes das eleições de 2018 sob pena de criar um mártir que tornará a crise política do país ainda mais aguda. Doria chama a atenção para o que classifica como fator novo nas eleições: o deputado Jair Bolsonaro. “Você pode não gostar, você pode duvidar, você pode desprezar, você pode desqualificar. Mas ele tem força”, afirma
Doria não diz que o nome do PSDB para o Planalto é o dele, mas também não refuta a possibilidade. Ao contrário. Em entrevista ao Correio Braziliense na noite de ontem(28), ele chegou muito perto de confirmar a candidatura. Ele sugere que as pesquisas possam servir de parâmetros para a escolha do nome tucano. Hoje, o prefeito teria mais votos, mesmo dentro da margem de erro, que o governador Geraldo Alckmin, que não abre mão da candidatura. “As pesquisas ajudam a definir um critério. Talvez não seja o único. Mas minha lealdade ao governador Alckmin é total”, enfatiza.