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“Um pouco de mim se quebrou”, diz mãe de estudante de medicina morta em Teresina

A mãe de Flávia Cristina Wanzeler Sampaio, estudante de Medicina morta durante tentativa de assalto no último domingo (12) se pronunciou em uma rede social sobre a morte precoce da filha. Muito consternada pelo crime, Agnes Gesele, que é consultora de imóveis, declarou “saudades eternas”.

E complementou: “Meu Bb, como vc é especial, um pouco de mim, se quebrou hoje!”. A estudante foi atingida por três tiros durante uma tentativa de assalto na tarde na Avenida Homero Castelo Branco, em Teresina. De acordo com a polícia, o veículo utilizado pelos criminosos, um Renault Kwid azul, era roubado e teria sido entregue aos criminosos através de outro assaltante. 

(Foto: Reprodução / Redes Sociais)

A polícia está colhendo imagens registradas por câmeras de segurança de estabelecimentos próximos ao local do crime para tentar traçar a rota de fuga dos suspeitos. Flávia Cristina Wanzeler Sampaio está sendo velada em uma funerária na Avenida Miguel Rosa. No local, parentes e amigos prestam uma última homenagem à estudante. 

Tia cobra mais ação das autoridades para reforçar segurança em Teresina

Em meio à comoção pela perda precoce de Flávia Cristina, a família faz um clamor: a de que a justiça seja feita no caso da estudante e a de que as autoridades competentes olhem com mais atenção para a necessidade de reforçar a segurança em Teresina. Para Leda Wanzeler, tia de Flávia, não basta apenas que as pessoas demonstrem nas redes sociais sua solidariedade para com a família e o caso. Ela pede que os gestores públicos atuem diretamente no sentido de evitar que mais tragédias como a de Flávia aconteçam.

O momento é de dor e tristeza, mas também de revolta. “Pedimos por justiça e não só pelo caso dela, mas por todos os casos possíveis. Não dá para ter só uma delegacia para resolver todos os casos. Que a gente possa ter uma Teresina mais segura. Quando acontece uma coisa assim e você vê de foram, você se revolta e nada faz. Mas quando você perde alguém, você precisa fazer alguma coisa e precisa cobrar as autoridades sim. Vimos o rosto da Flávia estampado e todas as redes sociais, mas não é só publicar uma foto: é fazer e cobrar”, desabafa Leda.

A tia de Flávia lembrou novamente que o assassinato da sobrinha é mais uma vida interrompida de forma trágica e também o impedimento violento da realização de sonhos. A estudante, segundo a tia, era uma jovem doce e muito ligada à família, que tinha o sonho de ser mãe e de poder cuidar dos outros. Daí a escolha em seguir a carreira de médica. 

“A Flávia era amor, era fé. Era doce, uma filha maravilhosa. Ela gostava de cuidar das pessoas, tratava os irmãos como se fossem filhos e tinha um grande sonho de ser mãe. Era uma menina batalhadora e empreendedora, desde os 12 anos fazia bolo para vender e ter o dinheirinho dela. Ela era pacata gostava muito de estudar. Acredito que Deus tem um propósito para ela. A Flávia não era só uma estudante de medicina, ela era um ser de luz”, finaliza Leda.

O corpo de Flávia Cristina foi velado durante a manhã desta segunda (13) em uma funerária na Avenida Miguel Rosa. O sepultamento acontece no Cemitério Jardim da Ressurreição.