As três adolescentes vítimas de estupro coletivo em Castelo
do Piauí, no dia 27 de maio de 2015, serão ouvidas nesta terça-feira (19) no
julgamento de Adão José da Silva Souza, acusado de ser o mentor do crime. A
audiência teve início por volta das 9h no fórum do município e acontece a
portas fechadas, já que o processo segue em segredo de justiça.
As vítimas estão acompanhadas por uma psicóloga e por advogados destinados pela Ordem dos Advogados do Brasil - secção Piauí, que vão auxiliar na acusação. Além das meninas, serão ouvidas hoje 18 testemunhas arroladas pelo Ministério Público.
O promotor Ricardo Trigueiro é o responsável pela acusação na audiência presidida pelo juiz Leonardo Brasileiro. A defesa de Adão é feita pelo defensor público Arilson Malaquias.
O acusado não participa da audiência. Em data posterior, será designada uma carta precatória para a Vara de Altos, onde o depoimento será colhido, pois ele está preso na penitenciária daquele município. Da mesma forma, as testemunhas de defesa serão ouvidas através de carta precatória a ser enviada provavelmente para as comarcas de Campo Maior e Teresina.
O caso
No dia 27 de maio, quatro adolescentes sofreram um estupro coletivo no Morro do Garrote, em Castelo do Piauí. Elas foram abordadas por quatro menores e um adulto, que estupraram, espancaram e jogaram as jovens de cima do morro. Uma das vítimas, Danielly Rodrigues Feitosa, não resistiu às agressões e morreu alguns dias após ser internada.
Os quatros menores foram apreendidos e um deles, Gleison Vieira, contou como tudo aconteceu. Dias depois ele foi assassinado pelos outros três meninos, que negam participação no estupro coletivo, assim como Adão Souza, acusado de ser o mentor.