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Timon: polícia investiga suposto desafeto de cabeleireiro encontrado morto em sítio

A Delegacia de Homicídios já deu início às investigações acerca da morte do cabelereiro Adriano Pereira da Silva, 34 anos, e do adolescente de 13 anos, que foram encontrados mortos em um sítio na zona Rural de Timon nesta terça-feira (02). O nome de um suposto desafeto do cabelereiro surgiu nos primeiros depoimentos colhidos e agora a polícia está investigando se essa pessoa teria algum envolvimento no crime. A informação foi repassada à reportagem do Portalodia.com pelo delegado Otávio Chaves.

Foto: Assis Fernandes/O Dia

A polícia descartou a hipótese de homicídio seguido de suicídio como havia sido ventilado inicialmente. A perícia no local do crime aponta que Adriano e o adolescente foram executados com um tiro cada um e nada de valor material foi levado. “Cremos mais na possibilidade de execução do que na de homicídio seguido de suicídio. Nada foi levado, tinha a moto nova do Adriano no local, o celular dele, e tudo ficou lá”, explica. O delegado acrescentou ainda que não tem como afirmar se o crime foi motivado por homofobia, já que as investigações ainda estão no começo.

Com relação à arma encontrada na cintura de Adriano, a polícia constatou que se trata de uma calibre 9 milímetros que estava devidamente registrada no nome do cabeleireiro e que ele havia adquirido recentemente. Não é possível afirmar ainda se os tiros que mataram Adriano e o adolescente teriam partido dessa arma. No local do crime, foram encontradas marcas de disparos de arma de fogo em vários locais, mas a polícia ainda não consegue dizer se houve luta corporal e troca de tiros ou não.

Foto: Assis Fernandes/O Dia

“Observamos que havia 12 munições quando a arma da vítima foi carregada, mas só haviam oito ou sete, então quatro ou cinco disparos foram efetuados. Podem ter acontecido outros disparos a esmo, tinha marca de tiro nas paredes, mas não sabemos precisar de onde eles partiram, porque os dois tiros que atingiram as vítimas transfixaram e podem ter atravessado a cabeça e ter atingido a parede”, explica o delegado Otávio.

Em depoimento à polícia, a família do adolescente informou que o menor não costumava frequentar a casa de Adriano com frequência, mas que vez ou outra ia ao local para prestar pequenos serviços como reparos no encanamento, por exemplo. 

“Não podemos descartar a hipótese de que os dois estariam bebendo, mas os familiares disseram que o adolescente não tinha qualquer envolvimento com drogas ou bebida. Na verdade, as vítimas não tinham nenhum envolvimento com a criminalidade. O Adriano era uma pessoa bem correta, o companheiro dele também. Não havia nenhum envolvimento com prática ilícita e estamos tentando saber se havia alguma desavença com alguma terceira pessoa que possa ter ido até lá e cometido o assassinato”, finaliza o delegado.

A Polícia Civil de Timon pede que qualquer cidadão que tenha alguma informação sobre o caso ou sobre as vítimas, que denuncie à Delegacia de Homicídios para que a elucidação do caso possa ser feita em tempo hábil. A polícia tem 30 dias para concluir a investigação e encaminhar o relatório para a justiça.