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Polícia vai investigar se houve negligência em caso de criança grávida pela segunda vez

A delegada Lucivânia Vidal, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), afirmou que irá investigar se houve negligência no caso da menina de 11 anos que está grávida pela segunda vez após ser vítima de estupro. Além da violência sexual, a polícia irá investigar se houve negligência por parte da rede de proteção, que inclui não apenas a família, mas também órgãos capacitados para prestar assistência à vítima. 

“Já está constatado que houve uma omissão da rede de proteção. A DPCA faz parte da rede de proteção, mas a sociedade tem que saber que é um papel não só da Polícia Civil. A Polícia Civil não pode entrar na casa das pessoas. Nós temos outros órgãos competentes com atribuições para fazer isso. Vamos verificar de onde partiu essa negligência. A rede de proteção tem que proteger essa vítima que está vulnerável”, afirmou a delegada.

Foto: Arquivo O Dia

Segundo a delegada, ainda é cedo para apontar o suspeito de ter cometido o crime. Até o momento, dois nomes foram levantados pela família da vítima e pelo Conselho Tutelar. Um seria tio da vítima e outro é um vizinho que já possui passagens pelo sistema prisional.

“Vamos requisitar o laudo para constatar se a vítima se encontra grávida. Primeiro investigar o estupro em si, ouvir os pais dessa vítima. Cabe a investigação se aprofundar para essa suspeita chegar realmente ao acusado. A gente não pode apontar nomes, mas que o crime existe, isso já está constatado, agora vamos investigar a autoria”, destacou.

Entenda o caso

Uma menina de 11 anos, moradora da zona Rural de Teresina, está grávida pela segunda vez após ter sido vítima de estupro. Segundo Conselho Tutelar, a criança foi estuprada pela primeira vez com 10 anos de idade por um primo. Deste estupro, ela teve um bebê, que hoje está com 11 meses. Agora, a menina foi novamente vítima de violência sexual e está grávida de 10 semanas

De acordo com a conselheira tutelar Renata Bezerra, ao estranhar o comportamento da filha, o pai da vítima procurou o Conselho Tutelar, que encaminhou a criança ao Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, da Maternidade Dona Evangelina Rosa, onde a gravidez foi confirmada.