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ONG resgata cadela vítima de suposto abuso sexual em Parnaíba

As denúncias de abuso sexual contra animais domésticos, prática denominada de zoofilia, são comuns na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí. Ontem (27) a ONG Sete Vidas resgatou uma cadela que apresentava muitos ferimentos e um novo resgate já está previsto para acontecer neste sábado (28).

Segundo Savina Moura, advogada e presidente da ONG, exames realizados em uma clínica veterinária indicaram que a cadela resgatada de fato sofreu o abuso sexual. “Ela estava bastante machucada por dentro. Nós acreditamos que o seu ex-tutor tenha realmente introduzido o órgão sexual”, relata Savina.

Após o resgate, a cadela está em uma clínica, onde passa por tratamento. De acordo com a presidente da ONG, o tutor do animal era um homem que tem problemas mentais e, por isso, não vai responder a nenhum processo criminal.

No início desta semana, outra denúncia anônima foi recebida pela ONG. A informação é de que um homem, supostamente alcóolatra, abusa de cinco cadelas sempre que bebe. Segundo a protetora de animais, Maria de Messias, ele estaria praticando o estupro com os dedos. “A vizinhança denunciou que escuta os gritos de uma cadela”, conta Maria.

Após receber a informação, os protetores de animais de Parnaíba começaram a investigar. Na noite de ontem (27), descobriram o nome e o endereço do suposto agressor. Segundo Savina Moura, o homem mora no bairro São José e o resgate deve acontecer ainda hoje (28).

O trabalho é feito em parceria com a Polícia Militar e com clínicas veterinárias, que fazem os exames para constatar se houve o abuso. “Quando fazemos o resgate, levamos o animal para fazer o tratamento e imediatamente tiramos do contato com o agressor. Se ficar constatado o abuso, a polícia abre o inquérito”, disse Savina.

Existem duas classificações para a zoofilia. Os psicólogos consideram uma perversão. Já os psiquiatras classificam o distúrbio como uma doença: desordem da preferência sexual, definida como parafilia.

No Brasil, a Lei de Crimes Ambientais prevê detenção de três meses a um ano, e multa para quem abusar, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados. A legislação estabelece o aumento da penalidade de 1/6 a 1/3 apenas nos casos quem que os maus-tratos resultarem na morte do animal.