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Greco tem inquéritos parados por falta de quebra de sigilo do Whatsapp

O Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO) reafirmou aquilo que a Justiça brasileira vem colocando acerca do WhatsApp. O aplicativo tem funcionado como um escudo para a ação de criminosos, por conta da dificuldade de sua quebra se sigilo, e isso tem atrapalhado as investigações da polícia, principalmente em casos relacionados ao crime organizado.

De acordo com o coordenador do GRECO, delegado Carlos César Camelo, esta delegacia tem inquéritos parados pelo fato do WhatsApp se negar a fornecer informações das trocas de mensagens entre investigados.

“Nós já peticionamos inúmeras vezes a Central de Inquéritos, na pessoa do juiz Luiz Moura, para que algo fosse feito com relação à liberação desses dados. Mas, infelizmente, o Tribunal de Justiça tem derrubado todas as decisões, o que, de certa forma, colabora para manter essa nossa dificuldade de acesso a informações importantes para a conclusão dos inquéritos”, pontua o delegado Carlos César.

Questionado sobre a quantidade de inquéritos comprometidos por conta dessa resistência do WhatsApp, o coordenador do Greco explica que se tratam de dados sigilosos e que a polícia tem procurado outros meios de contornar essa situação, avaliando uma gama de métodos de investigação que permitem o acesso à comunicação feita entre os investigados.

“Tem quebra de sigilo bancário, a quebra de sigilo telefônico e várias outras. A quebra de sigilo telefônico é fundamental, mas nós temos percebido que há uma migração da ligação telefônica entre os criminosos para a troca de mensagens via WhatsApp, justamente porque se sabe que o nosso acesso a elas vai ser dificultado”, finaliza o delegado Carlos César.