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Para reduzir despesas, UFPI fará campanha por consumo racional de energia nos campi

Atualizada às 11h55min

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) informou que mesmo com os cortes orçamentários que vem sofrendo, e que já somam R$ 7,7 milhões, garantirá o funcionamento das políticas de assistência estudantis em todos os seus campi. No momento, a maior despesa que a universidade tem é com energia elétrica. Para evitar gastos excessivos com a concessionária de luz, a UFPI fará uma campanha para incentivar o consumo racional de energia por alunos, professores, servidores e técnicos.

Quem explica é o pro-reitor de orçamento, Luís Carlos Sales. “A UFPI tem trabalhado internamente e garante o funcionamento dos RU’s e da assistência estudantil, que são essenciais para o funcionamento da universidade. Um dos maiores percentuais de despesa nossa é a energia elétrica. Sobre ela, vamos iniciais uma campanha muito forte para que haja consumo racional de energia elétrica, especialmente das 17h às 21h, que é quando a concessionária de energia cobra um valor mais elevado chamado de horário de ponta”.

Luís Carlos não deu detalhes de como essa campanha será executada já que ela ainda está sendo planejada pelos gestores internos como reitor, pro-reitores e diretores de centros. 


Iniciada às 08h36min

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) veio a público nesta terça-feira (05) para informar que recebeu neste mês de junho dois cortes definitivos em seu orçamento que somam quase R$ 7,7 milhões destinados ao pagamento de despesas de manutenção da universidade. Esse valor corresponde a 7,2% do total anual disponível para que a instituição possa funcionar. Este não foi o primeiro corte: desde 2015, a UFPI vem sofrendo sucessivas reduções, mas elas se agravaram com os cortes no orçamento de 2022.

Inicialmente, a UFPI teve um bloqueio, ou seja, uma suspensão temporária em seu orçamento discricionário anual de 2022. Esse bloqueio ocorreu em 27 de maio no montante de mais de R$ 15,5 milhões, ou seja, quase 14,5% do orçamento. Esse bloqueio também atingiu na mesma proporção outras instituições federais de ensino. Aqui no Piauí, o Instituto Federal (IFPI) teve que reduzir serviços básicos como por exemplo o fornecimento de refeições em alguns campi.


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Foto: Arquivo O Dia

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Andifes) acionou a justiça contra esse bloqueio de R$ 15,5 milhões ocorrido em maio e ele caiu de 14,5% para 7,2%, permanecendo bloqueados os R$ 7,7 milhões anunciados hoje. 

Do total bloqueado até o início de junho, foi aplicado um corte definitivo no orçamento de quase R$ 3,9 milhões, o que corresponde a 3,6%, ou seja, mais de R$ 3,8 milhões permaneceram indisponíveis para a UFPI. Outro corte ocorreu no dia 23 de junho, o que elevou novamente a soma dos valores reduzidos de forma definitiva para R$ 7,7 milhões. 


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Por meio de nota, a Universidade Federal do Piauí explicou o quanto essas reduções de orçamento impactam no seu funcionamento. “Os valores suprimidos no orçamento representam, aproximadamente, um mês do custeio da instituição, tornando-se mais expressivo com a retomada das atividades presenciais, que demanda maior aporte de recursos para manter o pleno funcionamento”, diz a nota pública.

A UFPI finaliza afirmando que com esses cortes, sua situação orçamentária foi agravada. “Como única saída possível para manter o funcionamento da instituição, a Administração Superior será obrigada a intensificar a implementação de medidas de austeridade para conduzir a situação de modo a superá-la em favor da comunidade universitária como um todo”.