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Quase 90% dos municípios do Piauí não possui esgotamento sanitário

Pelo menos 87,1% dos municípios piauienses não possuíam serviço de esgotamento sanitário por rede coletora de esgoto em 2017. É isto o que aponta a Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2017, realizada pelo IBGE com dados coletados junto às Prefeituras de cada município do Piauí. O estudo divulgado ontem (22) revela que os serviços de esgotamento sanitário eram oferecidos em apenas 29 cidades, o que representa somente 12,9% do total de município do Estado.

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Para efeito de comparação, o percentual era bem inferior ao registrado no Brasil inteiro, onde mais da metade das cidades (59,2%) disponibilizam o serviço para a população. A taxa é também inferior ao registrado no Nordeste (51,2%).

O Piauí está no mesmo patamar dos Estados do Tocantins e Amazonas em termos de presença do serviço de esgotamento sanitário. Apenas o Pará e o Maranhão alcançaram percentuais menores, na casa dos 6,5%. Espírito Santo, São Paulo e Distrito Federal, por exemplo, possuem cobertura de esgotamento em 100% de seus municípios.


O que chama a atenção é que somente oito municípios piauienses, dos 29 que dispunham do serviço, possuíam fiscalização para implantação de um sistema de esgotamento sanitário em loteamentos novos. E em nenhuma destas cidades, disponibiliza o serviço na zona rural. Em 24 deles, o serviço é ofertado somente na zona urbana.

Ainda segundo a pesquisa do IBGE, dos 224 municípios piauienses, quatro ainda não possuíam rede geral de distribuição de água no ano de 2017. Eram eles: Betânia do Piauí, Caldeirão Grande, Marcolândia e Massapê do Piauí. 

32% dos municípios do Piauí despejam esgotos em lagos e rios

O IBGE também divulgou ontem (22) a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PSNB), com dados coletados junto às entidades executoras dos serviços de saneamento básico destas cidades. De acordo com o levantamento, 32% dos municípios piauienses que possuíam esgotamento sanitário faziam o descarte do esgoto sem tratamento em lagos e rios. O IBGE lembra que o descarte de esgotos sem tratamento de em rios e lagos compromete a qualidade das águas, causando impactos não só no abastecimento humano, como também transmitindo doenças.