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Projeto de lei quer proibir no Piauí venda de coleiras antilatido que dão choque no animal

Um projeto de lei ordinária que tramita na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) quer proibir a fabricação, comercialização e o uso de coleiras antilatido com impulso eletrônico em cães no Estado do Piauí. O texto é de autoria do deputado estadual Fábio Novo (PT) e considera que o uso do dispositivo se configura como maus-tratos a animais. 


Coleiras antilatido são consideradas ferramentas de maus-tratos a animais - Foto: Assis Fernandes/O Dia

As coleiras antilatido são conhecidas por serem um instrumento de adestramento que serve para o cachorro parar de latir ou para que ele possa latir menos. No entanto, seu uso levanta discussões a respeito da forma como ele funciona: é que alguns equipamentos utilizam choque elétrico no animal a cada vez que ele vocaliza um latido. Com o choque, o animal acaba sendo condicionado ao não latir mais ou a latir cada vez menos. 

No Projeto de Lei, o deputado Fábio Novo lembra que o dispositivo antilatido é uma ferramenta de maus-tratos ao animal e propõe a proibição da comercialização de coleiras de choque tanto na modalidade de comércio física quanto na modalidade digital. “O uso de coleiras antilatido acarretará ao tutor do animal a imposição de sanções cumulativas”, diz o texto. 


Projeto de Lei é de autoria do deputado estadual Fábio Novo - Foto: O Dia

Estas sanções são: a perda da guarda do animal e proibição de obter a guarda de outros animais pelo prazo de cinco anos; multa entre R$ 200 a R$ 500 a ser graduada de acordo com a gravidade da infração, o porte econômico do infrator, a conduta e o resultado produzido. 

Em caso de fabricação ou comercialização de coleiras antilatido com impulso eletrônico, o fabricante ou vendedor estará sujeito à apreensão do produto e à cassação da inscrição estadual de sua empresa. 

Proposto no dia 15 de fevereiro deste ano, o projeto de lei se encontra atualmente aguardando parecer da Comissão de Constituição e Justiça.