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Preço da gasolina cai menos que o anunciado em postos de Teresina

Os teresinenses ainda não perceberam uma redução significativa no preço dos combustíveis, conforme foi anunciado pela Petrobras, no último dia 8 de novembro. De acordo com a estatal, o preço do litro da gasolina ficaria R$ 0,10 mais barato, já o diesel sofreria uma redução de R$ 0,25 no valor do litro repassado ao consumidor final.

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), nas duas últimas semanas, o preço médio, na Capital, diminuiu apenas R$ 0,026 no caso da gasolina, passando de R$ 3,530 para R$ 3,504. Já o valor do litro do diesel, diferente do anunciado pela Petrobras, sofreu aumento no preço médio, passando de R$ 3,129 para R$ 3,132. O etanol também registrou aumento no preço médio em Teresina, nas duas últimas semanas, passando de R$ 3,020 para R$ 3,032.

De acordo com José Couto, tesoureiro do Sindicato dos Donos de Postos de Combustíveis do Piauí, diversos fatores contribuem para que a diminuição do preço dos combustíveis, anunciada pela Petrobras, não chegue na mesma proporção ao consumidor final. “O preço do combustível nas distribuidoras é algo muito volátil, que muda todas as semanas. A maioria dos postos são bandeirados, ou seja, vinculados a uma única distribuidora, com isso ficam sem opção de compra, tendo que cumprir o contrato”, explica.

Foto: Assis Fernandes/O Dia

Teresina é considerada uma base secundária de combustível, porque as distribuidoras recebem o produto de outras cidades, como São Luís (MA) e Fortaleza (CE). O custo com o transporte é mais um dos fatores que influenciam no preço final repassado nas bombas de combustível ao consumidor final, que abastece o seu veículo.

Andando pelas ruas da Capital, é possível visualizar diferentes faixas de preço nos postos de combustíveis. De acordo com a ANP, nas duas últimas semanas, o preço mínimo cobrado pelo litro da gasolina foi de R$ 3,420, já o preço máximo ficou em R$ 3,699. De acordo com José Couto, isso acontece porque cada posto tem autonomia para definir o valor cobrado, mas respeitando a margem de lucro que não pode ultrapassar 16% do preço de compra.

“Os postos têm autonomia, mas dentro da normalidade. Aqui em Teresina, a grande parte dos postos repassa a gasolina ao consumidor com o valor abaixo da margem de lucro. Tem posto que está colocando menos de 10% da margem de lucro, para tentar manter os clientes. Cada posto tem a sua política de vendas”, pontua.