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Piauí é o 3º estado com maior quantidade de focos de incêndio do Brasil

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), divulgados nesta terça-feira (18), o Piauí é o 3º Estado com maior número de incêndios registrados no Brasil, nos últimos cinco meses. O Maranhão-MA, com 4.390, e o Pará-PA, com 2.939, lideram à lista. Realizado por meio do satélite de referência (Aqua-M-T), entre junho e outubro deste ano, o levantamento apontou 1.939 queimadas no território piauiense. Somente na última semana, 152 novos incêndios foram incluídos no relatório.

O município de Santa Filomena (a 564 km de Teresina) lidera o ranking das cidades brasileiras, com 22 incêndios registrados somente na tarde de ontem (17). Gilbués e Hugo Napoleão também integram a lista com altos índices.

O Governo do Piauí decretou estado de emergência e atua num regime de compra de folgas de bombeiros militares para garantir eficiência no combate aos incêndios. Em contrapartida, equipes da Defesa Civil também trabalham em parceria com o Ibama e Secretaria de Segurança no combate ao surgimento de novos casos.

De acordo com o diretor da Defesa Civil do Piauí, Vitorino Tavares, o Estado está preparado para atuar no combate aos incêndios de grandes proporções, mas o aumento do número de focos de queimadas tem causado o déficit no atendimento imediato às comunidades.

“São muitos os casos registrados ao mesmo tempo, por isso não basta apenas termos os melhores equipamentos, a população tem que colaborar. É preciso conscientização nesta época em que os casos fugiram da realidade, com números elevados devido ao clima quente e seco, além dos fortes ventos que favorecem o surgimento de queimadas”, destacou.

Famílias vão receber auxílio

O Governo do Estado, por meio da Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH), anunciou que irá reconstruir casas de algumas famílias atingidas pelas queimadas nas últimas semanas.

As obras foram autorizadas pelo governador Wellington Dias e serão executadas com recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop), que é ligado à Secretaria de Assistência Social (Sasc). Além das novas residências, as famílias também deverão receber auxílio financeiro de R$ 10 mil cada uma, além de carros-pipa que serão enviados às localidades onde o abastecimento foi prejudicado.