Com a chegada do período
mais quente do ano, o
famoso B-R-O Bró, as pessoas
evitam ao máximo
usar roupas pesadas ou
que cubram demais o corpo,
como blusas de manga
comprida e calças. Geralmente,
optam por peças
mais casuais, como bermudas
e camisetas; porém,
este traje nem sempre é o
adequado para frequentar
certos órgãos públicos, que
são rigorosos quanto à vestimenta
dos usuários e servidores.
É o caso de tribunais e
secretarias, por exemplo,
que não permitem a entrada
dos usuários vestindo bermudas.
Essa determinação
também se aplica aos servidores,
que assim como
quem busca os serviços
desses órgãos, também não
podem trabalhar com vestindo
roupas mais leves.
Para quem trabalha nesses
órgãos, essa poderia ser
uma determinação revogável,
sobretudo nesta
época do ano.
É o que acha o servidor
público Luis Batista.
Segundo ele, alguns órgãos
permitem que, tanto funcionários
quanto usuários
entrem do órgão sem necessariamente
estar vestindo
uma roupa social, como em
bancos, e que não haveria
problemas em trabalhar de
forma mais confortável.
“Eu acho que não tinha
problema, porque muita
gente entra nas agências de
bermuda, fala com o gerente
normalmente, então porque
não poderia entrar numa
repartição público, não é
mesmo? E muitas vezes são
pessoas que vem de longe,
até de outra cidade, não
sabem que é proibido e precisam
voltar da porta. Eu
acho isso errado”, disse.
Sobre os servidores, Luis
Batista ainda acrescentou
que os funcionários do sexo
masculino poderiam trabalhar
de bermudas, já que
as mulheres usam vestidos
ou saias. “Poderiam liberar
os homens também, ainda
mais porque o calor aqui
em Teresina é muito forte
e andar sempre de camisa
social é calça faz a gente
passar é mal”, frisou.
O comerciante Rondinele
Marques de Sales também
disse ser a favor da entrada
de usuários vestindo bermudas,
sobretudo porque
muitas pessoas vêm do interior
do Estado para resolver
algum problema e desconhece
essa determinação.
Entretanto, ele é conta os
servidores irem trabalhar
usando trajes casuais. Para
ele, a vestimenta é importante.
“Essas regras deveriam
valer para todo mundo,
porque às vezes um homem
vem de bermuda e não
entra, mas se uma mulher
chegar de short ou saia ela
entra, então tem que valer
para todo mundo, porque
isso é descriminação. Mas
para os funcionários é diferente,
eu acho que eles tem
que vir vestido com roupa
social, mostrando que
veio foi para trabalhar”,
salientou o comerciante.
Foto: Assis Fernandes/ODIA