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ONG promove feira de encoleiramento e adoção de animais

No próximo domingo (20), a ONG Protetores de Patinha realizada o I Encoleiramento Solidário, a partir das 16h, no Parque Potycabana, zona Leste de Teresina. A ação faz parte da campanha “Diga não ao calazar”, que chama atenção para a proteção dos cães contra a leishmaniose, doença transmitida por mosquito. A coleira, além de repelir o transmissor, ainda possui ativos que controlam a manifestação de pulgas e carrapatos.

Foto: Divulgação

Estima-se que mais de 300 coleiras sejam entregues nesta ação, de forma totalmente gratuita. Segundo Shayana Raianny, vice-presidente da ONG Protetores de Patinha, o preço das coleiras varia entre R$ 80 a R$ 100, se fossem compradas nas lojas. Ela enfatiza também que o calazar é uma doença que pode levar o animal a óbito.

“O calazar é responsável por vários casos de abandonos, simplesmente por falta de conhecimento, mas a doença tem tratamento. Quem quiser participar precisa levar seu cão até a Potycabana e será feito o encoleiramento. Vale lembrar que não entregaremos coleiras para pessoas que não estiverem com o cachorro no evento”, destaca.

Para participar da ação é preciso levar apenas um quilo de ração canina ou felina. Além disso, também acontecerá, paralelamente, uma feira de adoção de cães e gatos, adultos e filhotes, com aproximadamente 30 animais. E para adotar, é preciso apenas apresentar documento de identidade, CPF e comprovante de residência.

Tanto quem for participar da feira quanto visitantes ainda podem fazer doações de rações, medicamentos, como o Alopurinol de 300mg e 100mg, produtos de limpeza, ou ainda fazer o apadrinhamento de alguns dos animais que estejam em tratamento. Esta é a 4ª edição da feira de adoção realizada pela ONG Protetores de Patinha, e é uma parceria com a Serrana Distribuidora, que está doando as coleiras.


ONG conta com doações e ajuda de voluntários

Criada em 2014, a ONG Protetores de Patinha desenvolve um trabalho de resgate, tratamento e adoção de animais abandonados ou que foram vítimas de maus-tratos. Formada por 23 membros, todos voluntários, a organização enfrenta muitas dificuldades diariamente, sobretudo pela falta de abrigos e por conta da quantidade de animais resgatados e que precisam de ajuda.

“Nós enfrentamos várias dificuldades, a principal delas é a falta de abrigo. Gostaríamos de tirar todos os animais das ruas, mas infelizmente não temos estrutura para isso, então optamos por salvar aqueles em estado mais crítico. Nos privamos de vários resgates porque não temos mais onde colocar esses animais. Nós resgatamos os que estão na rua em estado de risco, aqueles que foram atropelados, que estão enfermos, entre outros. Ele é levado para uma clínica, e lá recebe todo o tratamento e se preciso for, passará por cirurgia”, relata Shayana Raianny, vice-presidente da ONG.

Durante este período, os voluntários da ONG promovem campanhas para arrecadar fundos para custear o tratamento do animal resgatado, assim como um lar temporário ou adoção responsável para quando o bichinho tiver alta. Outra dificuldade encontrada pelos voluntários da organização é com relação à adoção de cães adultos ou sem raça definida.

“Muitas vezes, os animais resgatados são adultos e sem raça definida, e existe muita resistência das pessoas em abrigar cães assim. Nesse caso, acabamos nos dividindo no grupo, entre nós mesmos, para ver quem pode dar lar temporário a ele. Se tivéssemos abrigo, nossa realidade seria outra”, disse a vice-presidente da ONG, acrescentando que os custos dos tratamentos, bem como alimentação e medicamentos, são arcados pelos próprios voluntários e simpatizantes da causa. Com isso, os débitos em clínicas já somam, atualmente, mais de R$ 3 mil.

Diariamente, os protetores recebem, em média, seis pedidos de ajuda, maus-tratos, abandono, entre outros casos. Shayana Raianny frisa que, caso alguém presencie uma caso de violência contra animais, é necessário que seja feita uma denúncia formal na delegacia mais próxima, vez que o abandono e maus-tratos é considero crime, prescrito pela Lei 9.605/98, Art. 32. “Quando se trata de animais acidentados ou abandonados, pedimos que a pessoa preste os primeiros socorros. Sempre damos suporte, postamos em redes sociais, pedimos ajuda, ajudamos sempre dentro dos nossos limites”, finaliza.