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Estudantes e professores passam mal em salas de aula sem ventiladores

Os alunos da Unidade Escolar Pequena Rubim, no bairro Alto Alegre, zona Norte de Teresina, estão passando por um verdadeiro sufoco na hora de assistir aula. A escola, que deveria funcionar em tempo integral, está ofertando disciplinas até às 11h30, devido ao intenso calor nas salas de aulas e à escuridão. Os ventiladores foram desinstalados e as lâmpadas retiradas para que fosse colocado teto de gesso e instalado aparelhos de ar-condicionado; entretanto, mais de três meses depois, a obra nunca foi finalizada.

Francisco Neto, de 12 anos, afirma que é muito difícil estudar em uma sala que não tem ventilação e iluminação, além das janelas não impedirem a entrada da luz solar, que atinge os alunos e chega a queimar a pele. “A gente não consegue ver o caderno direito, porque tem pouca luz e o sol bate na gente e fica ardendo o rosto. O sol também bate nas provas e é difícil estudar. Eu já cheguei a passar mal de tanto calor e fiquei com falta de ar, aí eu tive que ir para casa e não vim no dia seguinte”, fala. Para o menino, esses problemas impedem a concentração e reduzem o aprendizado.

Foto: Marcela Pachêco/O Dia

Os alunos relatam que usam os cadernos para se abanar e amenizar o calor. Claridade da luz solar também incomoda

Maria Fernanda, de 12 anos, também se sente incomodada com a falta de estrutura da escola. Segundo ela, o sol e o calor tiram a atenção do estudo. “A gente usa nosso caderno para se abanar, e aí a gente se desconcentra”, disse, acrescentando que o pior horário é 11h30, quando o calor é muito intenso e é quase impossível se concentrar.

A diretora da Unidade, Francisca Viana, conta que a escola está passando por um processo de climatização e reforma, mas as obras, que iniciaram em dezembro de 2014, nunca foram finalizadas. Segundo ela, alguns itens foram incluídos na reforma, como a construção de um banheiro para deficientes, rampas de acessibilidades e portas mais largas, e isso atrasou ainda mais a obra.

“Nós já comunicamos a Seduc [Secretaria Estadual de Educação]. A engenharia veio aqui olhar a situação, mas eles alegam que falta o recurso ser liberado para a construtora. Na semana passada, me informaram que o recurso já tinha sido liberado e que, assim que possível, retomariam a obra, mas nem contato com a engenharia eu consigo mais”, disse.