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Enfermeiros do Estado protestam em frente ao Karnak e anunciam greve

Reunidos em frente ao Karnak numa manifestação por reajustes salariais, os trabalhadores da enfermagem do Piauí anunciaram que vão iniciar hoje (24) uma greve por tempo indeterminado em todo o Estado. A principal reivindicação é o reajuste do valor pago pelo plantão extra de R$ 55,00 para R$ 117,00 para os técnicos; e de R$ 170,00 para R$ 225,00 para os enfermeiros.

Em junho passado, a categoria paralisou as atividades por três dias pedindo ao Governo o cumprimento do reajuste previsto em lei. “Pelo acordo, o Estado deveria pagar em julho o reajuste dos plantões extras, mas o mês está acabando e isso não aconteceu. Desde o começo da semana que a gente vem sinalizando uma greve e como ninguém do Estado se manifestou, nós resolvemos decidimos parar por tempo indeterminado”, diz João Sérgio Moura, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí (Sinatepi).

Ele afirma ainda que os enfermeiros estão há sete meses sem receber o pagamento pelo plantão extra noturno e que a gratificação de insalubridade da categoria foi reduzida de 20% para 10% sem nenhum explicação plausível. Além disso, o Sindicato denuncia que o Governo não está pagando o enquadramento profissional que prevê reajuste de 3% a cada dois anos.

João Sérgio Moura, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí

A greve dos enfermeiros irá afetar o funcionamento da Maternidade Dona Evangelina Rosa, Hospital Getúlio Vargas, Hospital do Mocambinho, Instituto Natan Portella, além de hospitais regionais, como o Hospital Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, e nos municípios de Floriano, Piripiri, Picos, Bom Jesus, Oeiras, entre outros.

Atualmente, o Piauí possui sete mil profissionais de saúde, sendo 3.800 concursados e 3.200 prestadores de serviços. Por conta do reduzido número de concursados, o Sindicato diz que a adesão no movimento é de apenas 40% até o momento, mas que a categoria espera chegar aos 70% com o passar dos dias. Sobre a situação da saúde na Capital, a categoria denuncia que, apenas o HGV possui déficit de 180 enfermeiros em seu quadro e que a tendência é essa situação se agravar ainda mais.

Na última reunião realizada com a classe, a Secretaria de Fazenda do Estado informou que é preciso que os enfermeiros entendam que o Governo não tem condições de pagar os reajustes propostos no momento e que isso só poderá ser feito em janeiro do ano que vem.