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Covid: com 100 casos confirmados, policiais pedem inclusão na prioridade da vacina

Os agentes e delegados de Polícia Civil do Piauí aderiram ao movimento nacional organizado pela União das Polícias do Brasil (UPB) e paralisaram suas atividades na tarde desta segunda-feira (22) em todo o estado em protesto pela inclusão da classe no grupo prioritário de vacinação contra o coronavírus. De acordo com o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Piauí (Sindepol-PI), há mais de 100 casos de infecção por covid-19 entre os profissionais da categoria e pelo menos três óbitos.

Os delegados e agentes de Polícia Civil alegam que a segurança é considerada atividade essencial e que, portanto, não parou seus atendimentos presenciais mesmo durante o período mais crítico da pandemia. Por conta disso, eles pedem que a categoria seja incluída na prioridade da fila de imunização assim como foi feito com os demais serviços essenciais como a Saúde e a Educação.


Foto: Reprodução

O Sindepol-PI criticou ainda o fato de que a população privada de liberdade tenha sido posta no grupo prioritário de vacinação enquanto os profissionais da segurança, não. Quem fala é o delegado Higgo Martins, presidente da entidade.

"Solicitamos ao secretário de Segurança, ao governador, ao delegado geral e a parlamentares federais para que os policiais sejam vacinados. É um absurdo que os presos tenham prioridade sobre os policiais: aqueles que matam, roubam, que furtam e estupram não merecem esse tratamento prioritário em face dos policiais que estão aqui para resguardar a segurança da sociedade. Somos atividade essencial e estivemos durante todo esse período de pandemia trabalhando presencialmente", diz Higgo Martins.


O delegado Higgo Martins é presidente do Sindepol-PI - Foto: Reprodução

Ele fez ainda um apelo à sociedade em nomes de todos os delegados e agentes de Polícia Civil do Piauí para que a população que precise de atendimento em casos mais simples optem pelo atendimento virtual na Delegacia Eletrônica, por meio do site da Polícia Civil de modo a evitar o deslocamento até as unidades policiais e diminuir o risco de contaminação.

"Sugerimos que a população que às vezes procura a delegacia para registrar um BO de perda simples, de roubo, de crime contra a honra, injúria e difamação, que possa acessar a Delegacia Virtual sem necessidade de ir até a unidade policiais. E se for, que use máscara e assegure a saúde sua e do policial", finaliza o presidente do Sindepol.