Alunos
do curso de Ciências da Computação da Universidade Estadual do Piauí (Uespi)
restauraram uma antiga estação meteorológica localizada no Parque Nacional Sete
Cidades. O local estava desativado há pelo menos 10 anos e com sua reativação
será possível captar dados como temperatura ambiente, índice de umidade,
pressão atmosférica e detectar fumaça, ou seja, monitorar a unidade de
conservação como um todo.
A restauração da estação foi toda feita em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). “Além de reativar, tínhamos o interesse de fazer um sistema de monitoramento de incêndios, visto que o parque sofreu alguns nos últimos anos. Esse sistema é importante, pois os incêndios são mais facilmente combatidos quando estão em seu foco inicial”, é o que explica o professor Vigno Moura, idealizador do projeto e orientador dos alunos.
Foto: Divulgação
Segundo o docente, a estação trabalha da seguinte forma: primeiramente os dados são captados da própria estação, situada em uma determinada área da unidade de conservação. Em seguida, os dados captados são mandados para o Centro Administrativo do Parque para depois serem armazenados em um servidor, onde posteriormente serão exibidos em uma página na internet com informações em forma de gráficos. A estação é composta por um arduino, onde são acoplados os sensores de temperatura, umidade, pressão, altitude e gás. Os dados são transferidos através de rádios HC12. A alimentação desses componentes é feita com o auxílio de uma placa solar e uma bateria.
O próximo passo do projeto é fazer com que o sensor, além de detectar focos iniciais de incêndios e outros dados citados anteriormente, detecte, também, informações sobre a fauna, a flora e seus visitantes e brigadistas. “Temos o objetivo de transformar o Parque num sistema inteligente, sem comprometer sua fauna e flora, com impacto ambiental mínimo. Será importante, também, pois temos o interesse de implantar câmeras nos sensores, sendo fundamentais para denunciar atividades ilegais, como a caça”, finaliza o professor Vigno.