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Enem pode ter 19 mil inscrições a menos em 2017 no Piauí

A partir deste ano, o Enem não valerá mais como meio de obtenção do certificado de conclusão do Ensino Médio. A mudança foi anunciada nesta segunda-feira (10) e consta no edital do Exame divulgado pelo Ministério da Educação (MEC). No Piauí, isso pode significar 19 mil inscrições a menos para as provas, que serão realizadas em novembro. Esse é o número de inscritos que fizeram o último Enem, no Piauí, para conseguir a certificação do Ensino Médio. Em todo o Brasil, o Inep calcula que o número de inscritos cairá para 7,5 milhões. No ano passado, foram 8,6 milhões de inscrições.

Como esta mudança no edital, a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) fica desautorizada a fazer a certificação do Ensino Médio no Estado, a partir do Enem. De acordo com o superintendente de ensino superior da SEDUC, professor Ellen Gera, a certificação agora deve ficar a cargo somente do ENCCEJA (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos). Este exame é aplicado pelo MEC e tem o objetivo de medir os saberes adquiridos pelas pessoas fora da idade escolar, para poder certifica-los.

O que também chamou a atenção no edital do Enem 2017 foi o aumento de 20,5% na taxa de inscrição, que saltou de R$ 68,00 para R$ 82,00. Avaliando este valor, a SEDUC diz acreditar que ele não deve interferir muito no número de inscrições no Piauí. Isso porque os estudantes oriundos da escola pública ou em situação de carência têm direito à isenção da taxa.

“O aluno matriculado na rede pública não será afetado. O estudante que cursou o Ensino Médio na escola pública também não terá que pagar a taxa. Há ainda aqueles que fazem parte do CadÚnico, do Governo Federal e que também estão isentos. Os estudantes cuja família possui renda menos que um salário mínimo e meio são outros que não preciam pagar a inscrição”, explica Ellen Gera.

Dois fins de semana

A parte de 2017, o Enem será aplicado em dois domingos seguidos, e não mais em um único fim de semana. A ordem das provas também teve mudanças: no primeiro domingo (05/11), serão aplicadas as questões de Linguagens e Códigos, Humanidades e a Redação. No segundo domingo (12/11) serão aplicadas questões de Ciências da Natureza e Matemática. O número de questões das provas permanece o mesmo.

Para o superintendente de ensino superior da SEDUC, essa intervalo de uma semana entre os dois dias de prova interfere na preparação que o aluno está tendo. As instituições de ensino deverão se adaptar e adaptar seus programas de simulado para que eles ocorram em duas semanas seguidas, conforme o novo cronograma estabelecido pelo edital. Isso, com o objetivo de melhor preparar o candidato para este intervalo de seis dias que terá entre uma maratona de questões e outra.

“Há aqueles que vão dizer ser ruim, porque o aluno pode perder o ritmo da prova nesses seis dias que passar descansando. Há quem diga que vai ser bom, porque o aluno pode dar um tempo para a própria mente e voltar para a segunda etapa mais descansado. E tem aqueles que devem aproveitar esses seis dias para revisar conteúdos para o segundo momento de aplicação”, avalia Ellen Gera.

Com relação ao papel da SEDUC, ele informa que o cronograma segue mantido e que as revisões Pré-Enem continuarão sendo realizadas, com as adaptações necessárias para o novo molde do Exame.

Confira os principais pontos do edital