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O deputado CÃcero Magalhães (PT) discursou da tribuna e criticou o julgamento e a condenação antecipada daqueles que apenas foram denunciados, citando a morte do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), LuÃs Carlos Cancellier de OlÃvio, que se suicidou em Florianópolis, ontem (2). O deputado disse que o professor foi preso por suposta obstrução da justiça, sem sequer ser acusado de crime, mas para agradar setores do Judiciário a grande mÃdia o execrou.
Para CÃcero Magalhães, muitos valores brasileiros têm sido atingidos por julgamentos antecipados. Ele citou o caso do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que segundo o deputado se “enrolou†com Joesley Batista.
O deputado AluÃsio Martins (PT) apoiou o pronunciamento do colega, destacando o caso passado de um casal de São Paulo que foi acusado de pedofilia, mas que ficou provada sua inocência quando já havia cumprido parte da pena. Ele disse que não se pode julgar antes do contraditório. Criticou o Instituto Datafolha, que induziu os pesquisados a dizerem que são a favor da prisão do ex-presidente Lula.
Também o deputado Dr. Hélio (PR) ofereceu aparte, para dizer que é contra que se coloque a culpa na classe polÃtica por tudo o que acontece de ruim no Brasil. Para ele, as pessoas injustiçadas jamais se recuperam.
O deputado João de Deus (PT) leu trecho de artigo do professor Henrique Finco sobre o reitor de Santa Catarina que se suicidou. Nesse artigo foi dito que o acusado era uma pessoa pobre, que estava contraindo empréstimo para poder contratar advogado. João de Deus disse ser inteiramente a favor de leis contra o excesso de autoridade.
Para o deputado Dr. Pessoa (PSD) os três poderes falharam no Brasil. Ele considerou errado levar as pessoas a julgarem qualquer acusado antes da apuração. “Eu não saberia como reagir, caso viesse a ser condenado sem dever†- frisou
O deputado Robert Rios (PDT), que presidia a sessão, se solidarizou com o pronunciamento do colega CÃcero Magalhães, lembrando o caso em que Rodrigo Janot pediu a prisão de três senadores, entre eles José Sarney e ele mesmo veio a pedir o arquivamento do processo. Robert Rios disse que a população não quer ver açodamento em nenhum tipo de julgamento.
Raimundo Cazé
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Fonte: Alepi