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Emendas sobre contratação de artistas locais serão decididas em plenário

 

Emendas sobre contratação de artistas locais serão decididas em plenário
As emendas ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevendo a forma de distribuição dos recursos das emendas parlamentares destinados aos eventos culturais lançados através de editais pelo Poder Executivo provocaram acirradas discussões na reunião da Comissão de Fiscalização e Controle, Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa na manhã de hoje (03) e vão ser decididas em plenário. 
O parecer ao projeto da LDO,cujo relator é o  deputado Franzé Silva (PT), foi aprovado por unanimidade, mas a emenda do deputado Nerinho (PTB) propondo que todos os eventos fossem exclusivos com artistas locais teve quatro votos, apesar de acatada pelo relator.
O deputado João Madison (MDB) defendeu a sua proposta conjunta com o deputado Gessivaldo Isaias (PR) determinando que a partilha entre artistas locais, bandas e empresas de infraestrutura dos eventos fosse feita meio a meio, desde que as feiras agropecuárias – por exemplo – sejam realizadas há mais de cinco anos. Gessivaldo disse que a intenção era apenas contribuir ainda mais para a valorização do artista local, depois que foi procurado por promotores de eventos e parlamentares querendo discutir a destinação das suas emendas. A proposta teve três votos e a decisão será tomada pelos 30 deputados na votação em plenário.
Ao expor o seu voto, Franzé Silva disse que já existe uma lei estadual, a 6.676, que prevê a reserva de 30% para os artistas locais, mas ela trata apenas do patrocínio do poder público, sendo as emendas parlamentares totalmente diferentes. “A emenda de Nerinho valoriza o artista local, mantendo o tempo do evento no mínimo de cinco anos. Por isso nós estamos acatando a proposta no nosso relatório e vamos para o voto”, afirmou.
João Madison disse que a proposta de Nerinho é inconstitucional, pois exclui das licitações todos os outros estados brasileiros e que ela, se aprovada, não aguenta uma reclamação judicial. “E se o que vier de fora for mais barato que o local, seremos obrigados a contratar só por que é local?”, indagou, acrescentando que se perder na votação em plenário vai apelar à Justiça para derrubar o que considera uma ilegalidade.
O deputado Evaldo Gomes, do Solidariedade, se confessou confuso em relação às duas propostas e disse que a emenda parlamentar é oriunda de uma PEC (Proposta de Emenda Constituicional) e o que estava sendo proposto na LDO é a modificação dessa PEC. “Se ela é inconstitucional não pode ser votada aqui”, disse. Franzé refutou e afirmou que a lei das emendas trata de recursos para educação, saúde e cultura e não fala em artistas e nem em infraestrutura de eventos. “Se ela é inconstitucional, todas as leis aqui aprovadas são inconstitucionais. O que se debate aqui é a valorização do artista local e é uma lei que já existe em vários outros estados”, assegurou.
Encerrando as discussões, Gessivaldo Isaías e o deputado Francisco Limma, líder do Governo, pediram calma aos colegas e afirmaram que o foro para discutir a validade ou não da proposta não seria com debates acalorados, mas na base do entendimento. “As duas propostas visam valorizar o artista local e o plenário vai decidir qual delas vai vigorar”, encerrou Limma.
Durvalino Leal - Edição: Katya D'Angelles

 

 

As emendas ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevendo a forma de distribuição dos recursos das emendas parlamentares destinados aos eventos culturais lançados através de editais pelo Poder Executivo provocaram acirradas discussões na reunião da Comissão de Fiscalização e Controle, Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa na manhã de hoje (03) e vão ser decididas em plenário. 

 

O parecer ao projeto da LDO,cujo relator é o  deputado Franzé Silva (PT), foi aprovado por unanimidade, mas a emenda do deputado Nerinho (PTB) propondo que todos os eventos fossem exclusivos com artistas locais teve quatro votos, apesar de acatada pelo relator.O deputado João Madison (MDB) defendeu a sua proposta conjunta com o deputado Gessivaldo Isaias (PR) determinando que a partilha entre artistas locais, bandas e empresas de infraestrutura dos eventos fosse feita meio a meio, desde que as feiras agropecuárias – por exemplo – sejam realizadas há mais de cinco anos.

 

Gessivaldo disse que a intenção era apenas contribuir ainda mais para a valorização do artista local, depois que foi procurado por promotores de eventos e parlamentares querendo discutir a destinação das suas emendas. A proposta teve três votos e a decisão será tomada pelos 30 deputados na votação em plenário.Ao expor o seu voto, Franzé Silva disse que já existe uma lei estadual, a 6.676, que prevê a reserva de 30% para os artistas locais, mas ela trata apenas do patrocínio do poder público, sendo as emendas parlamentares totalmente diferentes. “A emenda de Nerinho valoriza o artista local, mantendo o tempo do evento no mínimo de cinco anos. Por isso nós estamos acatando a proposta no nosso relatório e vamos para o voto”, afirmou.João Madison disse que a proposta de Nerinho é inconstitucional, pois exclui das licitações todos os outros estados brasileiros e que ela, se aprovada, não aguenta uma reclamação judicial.

 

“E se o que vier de fora for mais barato que o local, seremos obrigados a contratar só por que é local?”, indagou, acrescentando que se perder na votação em plenário vai apelar à Justiça para derrubar o que considera uma ilegalidade. O deputado Evaldo Gomes, do Solidariedade, se confessou confuso em relação às duas propostas e disse que a emenda parlamentar é oriunda de uma PEC (Proposta de Emenda Constituicional) e o que estava sendo proposto na LDO é a modificação dessa PEC. “Se ela é inconstitucional não pode ser votada aqui”, disse. Franzé refutou e afirmou que a lei das emendas trata de recursos para educação, saúde e cultura e não fala em artistas e nem em infraestrutura de eventos.

 

“Se ela é inconstitucional, todas as leis aqui aprovadas são inconstitucionais. O que se debate aqui é a valorização do artista local e é uma lei que já existe em vários outros estados”, assegurou.Encerrando as discussões, Gessivaldo Isaías e o deputado Francisco Limma, líder do Governo, pediram calma aos colegas e afirmaram que o foro para discutir a validade ou não da proposta não seria com debates acalorados, mas na base do entendimento. “As duas propostas visam valorizar o artista local e o plenário vai decidir qual delas vai vigorar”, encerrou Limma.

 

Durvalino Leal - Edição: Katya D'Angelles

 


Fonte: Alepi