"A Áustria não nos deu apenas Josef Fritzl e Adolf Hitler. Há também o Red Bull Salzburg, o clube de futebol mais odiado no mundo em nosso tempo." Foi assim que se referiu à equipe o jornalista sueco Ronnie Sandahl, do jornal Aftonbladet, antes do duelo com o Malmo pelos playoffs da Uefa Champions League 2014-15 - posteriormente o veículo se desculparia pela menção.
Naquele ano, o Salzburg acabou superado pelo time sueco e ficou de fora da fase de grupos da Uefa Champions League. Dois anos depois, os austríacos retornaram ao mesmo estágio e agora estão perto da classificação inédita na 'era Red Bull' - antes de mudar de nome, a equipe disputou o estágio de chaves em 1994-95.
Depois de ter empatado por 1 a 1 com o Dínamo Zagreb fora de casa no duelo de ida, a equipe da Red Bull joga por um empate sem gols ou uma vitória simples para avançar e estender ainda mais o seu sucesso esportivo, que é proporcional à rejeição.
Em 2005, a empresa do ramo de energéticos comprou o SV Austria Salzburg, fundado em 1933, e praticamente criou um novo clube. O uniforme, o escudo, o nome foram embora. Assim como o prestígio junto a muitos torcedores, que não toleraram o sacrifício da história da equipe, que vencera três vezes o Campeonato Austríaco na história (1994, 1995 e 1997). Alguns até criaram um novo clube com o mesmo nome (SV Austria Salzbvurg) resgatando as origens.
Desde então, o clube tornou-se mais bem sucedido - e odiado - do que nunca. Nos últimos dez anos, sete taças da Bundesliga austríaca foram para a Red Bull Arena. Falta, porém, a tão sonhada participação na fase de grupos da Champions.
Nas sete tentativas, os Red Bulls - como é conhecido o time, falharam, sendo que o máximo que conseguiram foi ir aos playoffs três vezes. Na última temporada, caíram na terceira fase, outra vez para o Malmo.
Agora, no duelo desta quarta-feira, às 15h45 (de Brasília), em casa, o Red Bull Salzburg tem a grande chance de aumentar o seu sucesso recente -e também a sua rejeição