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Após oito derrotas, diretor de futebol do São Paulo deixa o cargo

Adalberto Baptista não é mais diretor do São Paulo.�Nesta quinta-feira, o dirigente entregou uma carta de demissão ao presidente Juvenal Juvêncio e, em comum acordo, deixou o cargo vago em meio ao momento mais conturbado da história do clube, que vem de uma sequência de oito derrotas seguidas e 11 partidas sem vencer.

O dirigente vinha sendo muito contestado nos últimos dias, especialmente após um atrito público com Rogério Ceni, capitão do time.�Adalberto deu uma entrevista coletiva na qual criticou o goleiro, disse que ele estava jogando com dores,�e foi rebatido pouco depois pelo camisa 1, que�se defendeu e garantiu estar 100%, além de uma fazer crítica velada às ausências do diretor em momentos decisivos, como na Libertadores . A situação deixou alguns jogadores irritados com Adalberto, que passou a ser ainda mais criticado internamente.�


Adalberto Baptista, diretor de futebol do São Paulo, deixou o cargo nesta quinta-feira

Juvenal Juvêncio vinha sendo pressionado desde então para se desfazer de seu maior aliado dentro da diretoria. No entanto, o presidente ainda relutava em demitir Adalberto, o que poderia representar um fracasso político de Juvenal cerca de nove meses antes da eleição. Até mesmo entre os torcedores o nome do dirigente era mal-visto. Nas redes sociais, muitos pediam a saída imediata dele.�

João Paulo de Jesus Lopes, vice-presidente de futebol do São Paulo, será o responsável interinamente pelo cargo deixado por Adalberto Baptista. Conselheiros do clube aproveitaram o momento negativo e�sugeriram a Juvenal nos últimos dias a contratação do ex-jogador Pintado�para ocupar cargo na diretoria e ser uma 'ponte' entre o elenco, comissão técnica e dirigentes.

A seus homens mais próximos, o presidente acenava com uma possível mudança somente após a excursão que o time fará pelo exterior, passando pela Alemanha, Portugal e Japão. Adalberto seria o líder do grupo na viagem e Juvenal tinha esperança que ele conseguisse uma reaproximação do elenco nos dias em que passariam juntos.

Em sua carta de demissão (leia abaixo na íntegra), Adalberto� agradece ao apoio do presidente Juvenal Juvêncio, relembra a conquista da Copa Sul-Americana de 2012, a contratação de Luis Fabiano, capitaneada pelo ex-dirigente, e fala sobre o complicado momento por que passe o clube.

“Reconheço as dificuldades do momento atual, mas reafirmo minha mais absoluta confiança no sentido de que o elenco atual do São Paulo e sua Comissão Técnica reúnem todas as condições para superarem os obstáculos e ainda proporcionarem grandes alegrias à nossa coletividade. Reafirmo aqui meu compromisso de estar sempre ao lado do Presidente Juvenal Juvêncio e do São Paulo Futebol Clube em tudo aquilo que puder colaborar, agora como torcedor, mas sempre, e acima e antes de tudo, continuando a ser o são-paulino orgulhoso que sempre fui, vestindo a nossa camisa e as nossas três cores e cantando sempre, e apenas, o nosso maravilhoso hino”, diz o documento.

O estatuto do São Paulo determina que tenha uma escolha de um diretor de futebol. Portanto, mesmo que haja a criação de um cargo remunerado para gerente de futebol, o que a cúpula tricolor estuda fazer, esta seria uma função complementar. Adalberto estava no cargo desde maio de 2011. O anúncio de quem ocupará seu lugar deve ser feito nos próximos dias.

No período em que esteve no clube, Adalberto participou de negociações importantes. Foi ele, por exemplo, quem viajou à Espanha em 2011 para acertar o retorno de Luis Fabiano. Paulo Henrique Ganso foi outro que teve sua chegada ao São Paulo intermediada pelo ex-diretor.�