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Banda de reggae grava clipe na coroa do Rio Parnaíba

Um barco azulado leva os músicos até uma praia de areia branca. Vestidos de branco, os membros da banda Cochá se reúnem diante da fogueira e criam um cenário contrastante: um clima de paz e positividade no coração de Teresina. “Muita gente pergunta: ‘é uma praia?’. O pessoal nem sempre para e olha o que a gente tem aqui”. 

As palavras são do cantor e compositor que adotou o nome da banda como um sobrenome. Luís Paulo Cochá comenta que a mensagem do clipe de “Sinta o amor” é lembrar das virtudes da capital, que são esquecidas pelos moradores. 

O clipe foi gravado na coroa do rio Parnaíba, bem ao lado do “Troca-troca”. Totalmente independente, a produção dependeu do apoio de amigos, que se reuniram num domingo para gravar. “A banda queria fazer, a galera quis filmar, e eu ico muito feliz por isso acontecer. É um projeto que a gente sonha e depois a gente vê se moldar e acontece. Mas de uma forma independente, e flui naturalmente, pela vontade de acontecer”, disse Luis Paulo. Segundo ele, o projeto foi levado adiante sem qualquer apoio ou patrocínio. 


Este é o segundo clipe lançado pela banda Cochá, que já completa 11 anos de experiência. Além da marca da banda, o lançamento é ainda motivo de comemoração para a música reggae piauiense como um todo. “Tudo que a gente faz, faz para somar o movimento. Por que se a gente fica esperando o movimento acontecer, vindo de cima para baixo, não tem movimento”, declara o compositor, que também dirigiu o clipe. 

“A gente produz nossos eventos, uma forma de expor nossa música”, diz Luís Paulo, sobre a falta de espaços para apresentação em Teresina. Para ele, se houvesse o incentivo na forma de eventos e oportunidades, seria uma forma de incentivar mais pessoas a investir na arte. “A gente é responsável por produzir. Mas se tivesse, pelo menos, espaço para dar vazão ao que se produz, você veria mais esforço até. O cara pensa: ‘vou fazer isso por que vai aparecerem tal lugar’. A gente faz, e graças a Jah a gente tem nosso público que consome. Mas é labutando, é na correria todo dia.