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Cantor do Psirico comemora sucesso do "˜Lepo lepo"™

O carnaval não tinha nem começado quando Ivete Sangalo, Anitta, Naldo e Luan Santana, Péricles, Daniela Mercury e outros começaram a cantar e dançar o “Lepo lepo”. No YouTube, proliferam vídeos de anônimos fazendo a coreografia da música. E até uma montagem com Lady Gaga dançando já foi feita. Os dias de folia chegaram e vêm consagrando a música, de autoria de Filipe Escandurras e Magno Santana, entoada pelo Psirico.

— Tudo isso nos leva a crer que a música é um fenômeno no Brasil. Vimos que as crianças cantam, que as pessoas começaram a postar vídeos dançando em lugares onde o grupo não tocou. Dá a sensação de que Deus está abençoando tanta ralação. A gente torcia por esse momento, mas ainda vem muita coisa boa pela frente — acredita o vocalista do grupo, Márcio Victor, que já torce para a canção virar o hit do carnaval baiano na eleição popular que tem resultado divulgado depois de amanhã, quarta-feira de cinzas, na Bahia: — Se formos eleitos, vamos fazer um arrastão gratuito na Avenida (Circuito Osmar, em Salvador) para retribuir todo o carinho do povo.

Como a canção foi adotada pelos jogadores de futebol — Neymar e Daniel Alves dançaram ao comemorar o gol, assim como os atacantes do Flamengo, e o time do Santos canta no ônibus quando viaja —, o grupo ainda tem uma outra aposta alta:

— Jô (atacante do Atlético Mineiro) prometeu levar o “Lepo lepo” para a seleção. Vai ser o hit da Copa!

Sem violência

Apesar dos versos “não tenho carro, não tenho teto, e se ficar comigo é porque gosta do meu ha-ha-ha-ha lepo lepo” e da coreografia que simula um tapinha, Márcio garante que não há intenção de incitar a violência doméstica.

— Tive a ideia da música e chamei os compositores. Quando se fala “eu vou te dar um lepo lepo”, é uma referência a pisa (coça) em criança. Mas não tem agressividade. Era uma expressão muito familiar aqui (na Bahia), que a gente, da forma baiana, deu uma apimentada para falar de amor — explica Márcio Vitor.

Para o cantor, há ainda outro motivo para o público ter se identificado tanto.

— A letra fala dessa vontade de o brasileiro mostrar que ama independentemente dos bens materiais. Fala do não capitalismo. Se ficar comigo, é porque gosta do amor, da companhia, do “lepo lepo” na rua, na chuva ou numa casinha de sapê — diz Márcio, aos risos, que desconversa ao ser perguntado se perdeu ou ganhou mais namoradas por conta do seu “lepo lepo”: — Não sei. Estou solteiro, sou tímido, mas acho que as mulheres gostam dos tímidos.