Hoje é o Dia D da Campanha de Vacinação contra o Sarampo e da segunda dose da Pólio. As vacinas estão disponÃveis em todas as unidades públicas de saúde desde o dia 1º de agosto. Hoje, em toda a capital, serão 129 unidades de imunização, incluindo 80 salas no municÃpio e postos volantes disponibilizados em vários bairros.
A meta é imunizar 72.893 crianças que tenham entre um e sete anos, contra o sarampo. Com a segunda dose da vacina contra a pólio, a expectativa é atender a 62.750 crianças menores de cinco anos. De acordo com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), até a última terça-feira (09), foram vacinadas 5.791 crianças contra o sarampo, e mais 8.435 na segunda etapa da vacinação contra a pólio. Um número bastante tÃmido, se comparado à meta de vacinação.
Desde 2000, o Brasil convive com a interrupção da circulação do vÃrus do sarampo, graças a campanhas de imunização. Apesar disso, este ano, foram registrados casos da doença nas regiões Sul e Sudeste, todos com vÃrus de outros paÃses.
A Europa está vivendo um surto da doença, com 6.500 casos. Cinco mil só na França.
A única maneira de evitar que o vÃrus volte a circular no paÃs e que voltemos a viver surtos ou epidemias da doença é a vacinação. Por isso, todas as crianças com até sete anos de idade devem ser vacinadas contra o sarampo, independentemente
de já terem sido imunizadas anteriormente ou de já terem tido a doença, pois ainda existe o risco de contaminação.
O mesmo raciocÃnio vale para a poliomielite: o último caso de poliomielite no Brasil foi registrado em 1989, na ParaÃba. Em 1994, o paÃs recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Porém, é importante continuar vacinando as crianças porque o vÃrus da paralisia infantil ainda circula em outros paÃses.
De acordo com a OMS, 26 paÃses ainda registram casos da doença e quatro deles são endêmicos, ou seja, possuem transmissão constante: Afeganistão, Ãndia, Nigéria e Paquistão.
Não há desculpas para esquecer de vacinar o filho. A campanha é extensa - de 1º de agosto a 16 de setembro para a pólio e até o dia 10 de outubro para o sarampo - e permite que pais e responsáveis garantam o direito que suas crianças têm à saúde.
Não se pode cobrar que o poder público invista em saúde preventiva e preste serviços de qualidade se, quando essas cobranças são atendidas, o cidadão não faz a sua parte. A vacinação é gratuita. Mas a criança não pode ir sozinha ao posto ou unidade de saúde. Ela precisa da demonstração de amor de um adulto. Ame/vacine sua criança.