Portal O Dia - Últimas notícias sobre o Piauí, esportes e entretenimento

"Ou o Brasil Acaba com a Saúva, ou a Saúva Acaba com..."

� “OU O BRASIL ACABA COM A SAÚVA, OU A SAÚVA ACABA COM...”

� Francisco Miguel de Moura – Escritor

� Creio que a frase que vou citar é do tempo de Monteiro Lobato e foi cunhada por ele, um nacionalista de peso e medida: “Ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil”. O pensamento e a frase se espalharam por todos os cantos do Brasil, mas hoje, diriam os inocentes, ela não serve mais pra nada. O campo está saneado e a produção agrícola é o maior item de produtos vendidos ao exterior. Mas quem livrou o Brasil da saúva não foi este governo nem alguns anteriores, contando com os generais-presidentes. E com a frase podemos fazer uma bela e verdadeira paráfrase: “Ou o Brasil acaba com PT, o partido que conduz o governo, ou esse governo acaba com o país”. São tantos os desmandos e a bandalheira que não vale a pena mencionar num pequeno artigo. Sei que nos aproximamos do afundamento do país em matéria de educação, saúde e segurança, principalmente, sem falar na falta de investimentos, nas obras inacabadas (mas o dinheiro foi gasto), em suma nos desfalques e furtos de dinheiro público, tudo em nome de uma ideologia que é uma espécie de comunismo ao inverso, de ponta-cabeça como diz o nosso homem simples do campo.

� Um dos nossos políticos, talvez não o melhor e por isto não vou declinar seu nome, disse certa feita esta frase de ouro e humor: “Há três coisas que a gente só faz uma vez: nascer, morrer votar no PT”. Ele tocou bem fundo na ferida. Por quê? Ora, o PT foi um partido muito bom para ser oposição, nessa época votei nele, na primeira eleição de Lula também, mas fiz a maior besteira de minha vida. Um candidato como o Prof. Cristóvão Buarque, homem sábio e probo, jamais chegaria à Presidência da República. Por quê? É isto que deve fazer parte de um exame de consciência dos brasileiros antes da eleição.

� Como a saúva acabou, esperamos que o “petismo” e o “lulismo” caiam fragorosamente nas próximas eleições, esperamos que a oposição se fortaleça, se una, acorde do sono profundo em que tem permanecido para admirar este colosso que é o Brasil, para vencer e tomar conta dele em nome do povo, agora inflacionado não somente na moeda comum com a qual compramos o pão de cada dia, mas também de dívidas, impostos, leis e medidas provisórias que desservem o cidadão. A alternância do poder sempre foi benéfica à democracia. E alternância do poder não significa apenas mudança de nomes na presidência do país, isto já foi visto noutras épocas e estamos vendo em quase toda a América Latina. Na ditadura do militares de 1964 também havia alternância de nomes no poder central. Precisa-se também da alternância de programas, de pontos de vistas, de partidos.� Sabe-se que no Brasil, em virtude de nossa herança portuguesa de organização, no Império não tivemos partidos fortes. Nem temos. O que temos claramente é o Governo (com o qual todas as facções se unem) e um ou outro partido na oposição, enfraquecidos por falta dos cofres públicos, cuja concorrência com o Partido do Poder é praticamente impossível. Depois da República melhoramos por causa da imprensa mais ou menos livre, mas quem está no governo consegue abduzir muitos profissionais com promessas de empregos e até a efetivação deles. Tudo isto enfraquece a democracia. Onde não há democracia, crescem as ervas daninhas do poderio desmedido, centralizado, esmagador das minorias. No caso do PT, que não tinha programa nenhum senão o de matar a fome dos coitados com as bolsas que o Fernando Henrique já havia criado e implantado, só que com a devida fiscalização.� E também o de proteger, dar mais força aos sindicatos ou, melhor dizendo, aos sindicalizados que se alinham com a maioria do/a governante. Criou o absurdo de não lhe mover nenhum idéia, só pensasse na manutenção do poder sempre, sempre.� O que vemos hoje é uma anarquia, depois há bolsas para todo mundo, prisioneiros, prostitutas, bolsas cultura – que cultura! – o Ministério da Cultura ninguém nem sabe se existe. Agora que foram criados ministérios demais para gerar os empregados, que vão dar os votos, que vão reeleger – credo em cruz! – Dilma ou eleger outro “petista” do mesmo feitio, contando com a escória política no sentido de corruptos a mais não poder, compradores de voto e de consciências, arrebanhadores do dinheiro público sem dó nem piedade.

� Fazendo aliança com o PMDB, de lá escolheu os piores nomes, de políticos já carcomidos, de Fernando Color a José Sarney e Renan Calheiros.� E por aí vai. Vivemos um verdadeiro caos.

� Quem não acreditar nisto, ponha-se como bonzinho na rua e verá. Uma das piores coisas é o tráfico de drogas, parece até que há uma capa de proteção aos traficantes. Assim não dá. Nunca vi falar que um país crescesse apenas distribuindo aos pobres, arranjando votos e comprando consciências, vivendo em farras de viagens e contas no exterior onde gastam à tripa fora – que grandes pilantras, meu Deus!

� “Até quando, eles abusarão a nossa paciência”? Até quando pisarão sobre os nossos cadáveres? - É preciso gritar essas perguntas bem alto. Quem quiser ser inimigo do governo fale alguma coisa de Lula e do “petismo”.� É preciso ter coragem para alertar as consciências embrutecidas pela propaganda estatal.

� O “quantum” que o Brasil está decrescendo aparece na dor que os bolsos da população sentem e nessas cédulas novas, reduzidas, que nos entrega, como se a despesa economizada naquele minúsculo papel fosse tapar os grandes buracos da corrupção, da inação em obras e do “nihilismo” em que nadam os atuais donos do poder.